A antiga cidade de Varanasi, na Índia central, atrai peregrinos de todo o mundo. Um dos centros religiosos mais importantes e o mais sagrado entre todas as cidades hindus, Varanasi tem uma riqueza de locais sagrados que vão de templos a fortes e margens de rios, mas um que muitas vezes é esquecido é um santuário dedicado ao próprio país: o Bharat Mata Mandir (literalmente, Templo da Mãe-Índia) localizado no campus Mahatma Gandhi Kashi Vidyapith de Varanasi. Por não ter santos, seu objetivo era ser plataforma mundial para todas as religiões, e de todas as castas e crenças do mundo. |
Ele foi construído pelo fundador da universidade e ativista pela liberdade Babu Shiv Prasad Gupta. Em vez de adorar um deus ou deusa, o templo tem um enorme mapa topográfico do subcontinente indiano esculpido em mármore. O mapa é a divindade do templo. De fato, há outro templo menos importante que cultua a Mãe-Índia em Haridwar, no estado de Uttarakhand.
A construção de Bharat Mata Mandir começou em 1918 e foi concluída em 1924. O templo foi inaugurado oficialmente em 1936 por Mahatma Gandhi. O poeta hindi do século 20, Maithili Sharan Gupt, carinhosamente chamado de Rashtra Kavi (poeta nacional), compôs um poema sobre a inauguração do templo, que também foi colocado em uma placa do prédio.
O enorme mapa em relevo do subcontinente indiano não dividido encontra-se plano no chão do templo. O mapa mostra as montanhas, planícies e oceanos em uma escala vertical exagerada. Mostra até a plataforma continental e as várias ilhas do país. Todos os anos, por ocasião do Dia da República da Índia e da celebração do Dia da Independência, os oceanos ao redor da massa de terra são completados com água e as áreas terrestres são decoradas com flores.
Além da Índia moderna, o mapa também mostra o Afeganistão, Paquistão, Bangladesh, Mianmar e Sri Lanka, com base no conceito nacionalista de "Akhand Bharat” (Índia Unificada), que postula que todos os países acima mencionados são uma nação. O termo criou raízes durante a luta pela independência da Índia em resposta à política britânica de "dividir para governar", que buscava quebrar a solidariedade entre diferentes facções e religiões na Índia para enfraquecer seu movimento.
A ideia foi proposta pelo ativista e político Kanaiyalal Maneklal Munshi e teve o apoio de Mahatma Gandhi. Durante a sessão anual de 1937 do Hindu Mahasabah, o ativista indiano Vinayak Damodar Savarkar declarou que a Índia devia permanecer uma e indivisível da Caxemira a Rameswaram, de Sindh a Assam, segundo ele:
- "Todos os cidadãos que devem lealdade e obediência total à nação indiana e ao estado indiano devem ser tratados com perfeita igualdade e devem compartilhar deveres e obrigações igualmente em comum, independentemente da casta, credo ou religião, e a representação também deve ser na base de um homem, um voto ou em proporção à população, no caso de eleitorados e serviços públicos distintos, será considerado apenas o mérito."
Mesmo hoje, mais de setenta anos após a partição da Índia e após inúmeras guerras com o Paquistão, muitos nacionalistas hindus ainda sonham com uma grande reunificação indiana.
O MDig precisa de sua ajuda.
Por favor, apóie o MDig com o valor que você puder e isso leva apenas um minuto. Obrigado!
Meios de fazer a sua contribuição:
- Faça um doação pelo Paypal clicando no seguinte link: Apoiar o MDig.
- Seja nosso patrão no Patreon clicando no seguinte link: Patreon do MDig.
- Pix MDig ID: c048e5ac-0172-45ed-b26a-910f9f4b1d0a
- Depósito direto em conta corrente do Banco do Brasil: Agência: 3543-2 / Conta corrente: 17364-9
- Depósito direto em conta corrente da Caixa Econômica: Agência: 1637 / Conta corrente: 000835148057-4 / Operação: 1288
Faça o seu comentário
Comentários