Tempestade geomagnética se dirige à Terra depois de uma forte labareda solar

O novo ciclo meteorológico do Sol começa a intensificar-se com fulgurações e ejeções de massa coronal mais potentes. A NASA detectou na quinta-feira um intenso clarão solar que poderia causar tempestades geomagnéticas na Terra entre o sábado e domingo, 31 de outubro. A labareda de classe X1, detectada às 15:35 UTC na região ativa 12887 do Sol, provocou um bloqueio de rádio forte no lado iluminado da Terra, centrado na América do Sul. A classe X designa as fulgurações solares mais intensas, e o número que a acompanha proporciona informação sobre sua força.

As erupções de classe X3 são três vezes mais potentes que as de classe X1. O evento Carrington de 1859, a labareda solar mais potente registrada foi de classe X40. A erupção da quinta-feira está associada a uma ejeção de massa coronal que se dirige à Terra e poderia causar tempestades geomagnéticas este fim de semana.

Estas erupções solares são explosões de radiação que, conquanto podem atingir nosso planeta, não podem atravessar a atmosfera terrestre para afetar fisicamente os humanos. Mas poderiam causar auroras boreais mais ao sul do que o habitual e interromper nossos sinais de comunicação e GPS.

Outro efeito das tempestades geomagnéticas é o possível atraso de missões espaciais para evitar riscos. SpaceX já atrasou no passado uma missão de reabastecimento da Estação Espacial Internacional com a nave Dragon de carga. Com mais razão poderia atrasar agora a missão tripulada Crew-3 que levará três astronautas da NASA e um da Agência Espacial Européia à Estação Espacial Internacional.

Pelo momento, nem a NASA nem SpaceX anunciaram mudanças na missão, cuja janela instantânea de lançamento terá lugar em 31 de outubro.