Chinês é preso cinco vezes em três dias por sua semelhança com um criminoso que escapou da prisão

Em meados do mês passado contávamos sobre a espetacular fuga de Zhu Xianjian, um preso norte-coreano do presídio de Jilin, no nordeste da China. As autoridades chegaram a oferecer uma recompensa de mais de 130 mil reais para quem fornecesse uma informação que levasse Zhu a prisão de novo. Ridicularizado na mídia ocidental o regime chinês decidiu eliminar o aviso de recompensa da conta das redes sociais da polícia penitenciária de Jilin, mas a verdade é que a compensação ainda estava valendo.

Isso ficou claro nesta semana devido a prisão de um homem da cidade de Baicheng. Ele foi preso cinco vezes durante um período de três dias, devido a sua semelhança com Xhu. Ele foi denunciado por moradores da região, que queriam cobrar a recompensa oferecida pelas autoridades.

De acordo reportagens locais o norte-coreano Zhu fugiu da prisão em 18 de outubro humilhando a segurança penitenciária. A Polícia emitiu uma ordem de prisão contra ele, fazendo circular sua imagem e características nos meios de comunicação, e ofereceu 132 mil reais por informação sobre seu paradeiro, quantidade que foi elevada a 615 mil depois de um mês de busca infrutífera.

Depois que as autoridades anunciaram a validez da nova gratificação, os moradores, cujos rendimentos médios mensais rondam os 1.500 reais, se apressaram a procurar o fugitivo com a esperança de cobrar a recompensa, o que os levou a reportar erroneamente o infeliz homem, que foi detido cinco vezes pela confusão.

De fato, na segunda ele foi preso de manhã e quando chegou em casa, às margens de um lago, tinha outro carro de polícia para levá-lo de novo. Nesse dia ele ainda acabou levando um tiro na perna, quando supostamente tentou fugir, segundo conta o seguinte vídeo do SCMP, que ainda não sabia que se tratava do clone.

Após que a notícia viralizou nas redes sociais chinesas, centenas de internautas lamentaram o infortúnio do homem por "ser quase idêntico" ao criminoso, enquanto outros caçoaram assegurando que se tratava de seu gêmeo malvado. Do mesmo modo, teve quem tomou com humor os fatos e recomendou ao homem portar seu documento de identidade pendurado no pescoço para evitar mal-entendidos.

De qualquer forma, o chinês azarado, cujo nome não foi revelado, teria clamado que ele não era o fugitivo e que todas as suas tentativas de mostrar seus documentos foram ignorados pelos policiais.