Você sabia que a Itália tem um Museu da Merda?

Com este nome sonoro e pomposo, Museo della Merda, desde 2015, a localidade de Castelbosco, na comuna italiana de Piacenza, tem um espaço de museu dedicado aos excrementos dos seres vivos. O Museo della Merda nasceu de uma ideia brilhante de um empresário agrícola local, Gianantonio Locatelli, dono da empresa agrícola Castelbosco. Sua fazenda produz gritantes 100.000 kg de estrume todos os dias.

Segundo seus criadores não é um museu que tenta criar polêmica, escândalo ou influir vulgaridade, sua intenção é valorizar a utilidade dos excrementos no cotidiano dos homens.

Mas então, o que pode ser visto no Museo della Merda? Pois bem, nas suas diferentes salas, o público encontra diferentes experiências estéticas, científicas, humanas e animais que ao longo da história fizeram dos excrementos um material útil.

O besouro rola-bosta, assimilado a uma divindade pelos antigos egípcios, é o sugestivo emblema deste museu, onde você pode aprender sobre os diferentes usos do esterco na arquitetura por diferentes culturas.

Há um espaço dedicado a Plínio, o Velho e sua História Natural publicada no século I d.C. Nele o uso de excrementos na medicina antiga é explicado. Há até espaço para uma simulação com bactérias luminescentes do metano.

A o leite produzido pelos 2.500 bovinos na fazenda de Gianantonio é usado para fazer o queijo grana padano. Ele de fato, criou uma empresa verde de vanguarda utilizando o estrume que gera, para extrair metano para transformação de energia, adubo para o campo e até faz tijolos com "merda-cotta", uma mistura de argila e esterco.

O Museo della Merda tem uma página web interessante que explica todo este projeto.