Segundo dica do amigo Rusmea, via Facebook,Um reconhecido franco-atirador canadense, com experiência no Afeganistão e Iraque, se uniu na semana passada às forças ucranianas para combater a ofensiva russa. Wali, apelido de guerra que ganhou no Afeganistão, disse que preferiu não identificar com seu nome por temor a represálias contra sua família. Segundo explicou à rede canadense CBC, ele chegou junto a outros três ex-soldados canadenses e o grupo foi recebido com grande afeto pelas forças locais, pois ficaram muito contente em recebê-los. |
- "É como se fôssemos amigos desde o primeiro momento", acrescentou.
Antes de chegar a Ucrânia, ficou impressionado quando viu o imenso fluxo de refugiados que saíam do país.
- "Tenho que ajudar porque aqui há pessoas que estão sendo bombardeadas só porque querem ser europeias e não russas", comentou.
Ainda que não o nomeou, o atirador de elite, de certa forma, está respondendo ao chamado que fez Volodimir Zelensky no fim de fevereiro:
- "Todos os estrangeiros que desejem unir à resistência contra os ocupantes russos e proteger a segurança internacional estão convidados pelo governo ucraniano a vir a nosso território para se unir às filas de nossas forças territoriais."
Segundo explicou Wali, há vários grupos informais de antigos soldados que estão respondendo a convocação. Ainda que o governo canadense desaconselha viajar à região, não se opõe que seus cidadãos se unam às filas para enfrentar a Rússia.
Wali, com 40 anos, afirma que não duvidou muito em viajar, pese a que sua vida mudou muito desde as campanhas que realizou no Oriente Médio. Está casado e tem um bebê que está a semanas de completar seu primeiro ano, provavelmente sem a presença do pai.
- "É terrível. Mas em minha cabeça, quando vejo as imagens de destruição em Ucrânia, vejo meu filho em perigo e sofrendo. Quando vejo um edifício ou uma casa destruída, vejo alguém que perdeu o trabalho de toda uma vida. Vou por razões humanitárias", explicou.
O atirador especial não chegou com um arsenal. Em sua mochila empacotou uma máscara antigás, um traje de camuflagem, algumas lunetas e o jaleco de combate que usou no Afeganistão.
- "Provavelmente nos darão armas e placas de blindagem no ato", disse Wali agregando que inclusive acha que será surrealista, como se os levassem a um armazém e dissessem: - "Toma, sirva-se, há lança-foguetes aqui, mísseis ali".
Mas ele considera que o cenário de operações não se parecerá ao que viveu antes.
- "É uma guerra de movimento, mais convencional, muito mecanizada, na qual cada bando tem um uniforme muito identificável", explicou.
Em suas primeiras horas sobre o terreno, indicou que estavam se abastecendo com óleo e combustível para armar bombas molotov e comprando drones para melhorar a vigilância.
Wali também é consciente dos riscos, e não necessariamente o de morrer, senão também de outras situações como cair prisioneiro de guerra.
- "Sei que posso virar moeda de troca."
Com respeito aos outros estrangeiros que viajam, descreveu:
- "Há idealistas e psicopatas. Há gente idealista e também psicopata, às vezes inclusive neonazis. Me poria na categoria dos idealistas", esclareceu.
Se você também está se perguntando o que leva um cara a deixar esposa e filho em casa para ir participar de uma guerra onde correrá sério risco de morte, saiba que tem a ver com o vício em adrenalina. Em geral, os veteranos de guerra voltam para casa psicologicamente traumatizados e com estresse pós-traumático.
No entanto, existe o conceito de "viciado em adrenalina", que não é um clichê vazio. Os soldados são conhecidos por ficarem viciados na intensa tensão, no perigo, no sentimento e na doce adrenalina e endorfina que se segue.
Também conhecido como Vício ao Combate (VC), é identificada como uma síndrome não reconhecida que ocorre dentro do quarto grupo de transtorno de estresse pós-traumático. Embora amplamente descrito durante as guerras, seu único estudo específico foi feito em um par de artigos de trinta anos atrás por um psiquiatra com veteranos do Vietnã.
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Comentários
Propaganda. Dizem que propaganda também é uma força de guerra.
Eu acho que esse cidadão está aparecendo demais na mídia, nem em filmes deixam os snippers a soltos falando e se exibindo tanto.