O motorista de riquixá Mohammed Chand, 42, de Shadnagar, na Índia, tem uma condição chamada filariose, que fez com que suas pernas inchem até proporções de elefantes. A filariose é uma doença parasitária causada por uma infecção por lombrigas do tipo Filarioidea. No caso da filariose linfática os agentes causadores da doença são os vermes Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori, que são transmitidos pela picada de insetos que se alimentam de sangue, como os mosquitos dos gêneros culex, e algumas espécies do gênero Anopheles. Esses parasitas existem na natureza somente no hemisfério sul. |
Dizer que Mohammed tem "pernas de elefante" não é uma expressão solta sem sentido e insultuosa, porque estes vermes ocupam o sistema linfático, incluindo os gânglios linfáticos; que em casos crônicos, levam à síndrome da elefantíase. Ao se acumular nos vasos linfáticos o parasita causa grande inchaço e engrossamento da pele na área. Esse inchaço ocorre geralmente nos pés, pernas e genitais.
As pernas inchadas do indiano dificultam a realização de tarefas domésticas básicas e levaram sua esposa e filhos a deixá-lo. No entanto, ele ainda é capaz de ganhar a vida, com a ajuda de seu fiel riquixá alugado, transportando passageiros leais em sua cidade natal todos os dias.
Mohammed sonha em um dia ter seu próprio riquixá e fazer uma cirurgia que lhe permita viver uma vida normal. O que Mohammed talvez não saiba é que a cirurgia é um aspecto secundário da elefantíase. Ele primeiro deverá promover a cura só para depois retirar o excesso de pele. Essa condição é tratada por meio de medicamentos que matam o verme que a causa. Também podem ser usados analgésicos, além de técnicas que melhoram a drenagem do corpo, como o aumento do consumo de água e o uso de meias de compressão, além da aplicação de gelo.
No final do ano passado, o homem procurou ajuda em um hospital ayurvédico em Kerala, que lhe garantiu que podia ser curado em um mês de tratamento, mas podia custar mais de 100 mil rúpias, algo em torno de 6.600 reais, pois ele precisava ficar internado até que o tratamento fosse feito. Ele ganha no máximo 300 rúpias por dia e ainda tem que pagar o aluguel.
Eu não sei quanta grana o canal Truly oferece a estas pessoas que ele entrevista, mas nesse caso seria no mínimo decente que ele divulgasse os dados bancários de Mohammed para quem quisesse ajudá-lo. Afinal o canal tem quase 10 milhões de seguidores e seria fácil levantar os 7 mil reais necessários.
Por outro lado, o canal de Amjed Ullah Khan, um político por trás do Majlis Bachao Tehreek, postou um vídeo pedindo ajuda a Mohammed, que não sabe lidar com as redes sociais. Amjed divulgou os dados bancários de Mohammed e seu próprio Whats App para quem quisesse ajudar o homem. Amjed disse que assim que o montante fosse alcançado ele deletaria o vídeo. Como ainda está no ar, Mohammed permanece sem a sua desejada cura.
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Comentários
Coitado!! Passar por essa barra e ainda ser abandonado por familiares e amigos.. triste.