A incrível exibição de cortejo do tangará-rabilongo

Nas florestas tropicais da Costa Rica, pares de machos de tangarás-rabilongos (Chiroxiphia linearis) tentam criar exibições impressionantes na frente de uma fêmea observadora. Eles pulam no ar, saltando para trás e correndo para frente e para trás ao longo do galho. Seus gorjeios quase eletrônicos se repetem com ritmos hipnóticos. A incrível gravação foi feita pelo fotógrafo de vida selvagem da floresta tropical David Weiller. Os tangarás-rabilongos formam alianças de dois machos de longo prazo. Quando uma fêmea se aproxima, eles executam a dança de saltos coordenados.

O macho "alfa" dominante e seu parceiro "beta" subordinado podem permanecer juntos por até seis anos. Com raras exceções, apenas machos alfa acasalam. Por que os betas cooperam em vez de atacar por conta própria? Ser um beta aumenta a chance de um macho se tornar alfa, mas muitos machos morrem enquanto esperam sua vez e nunca têm a chance de ser alfa.

Todos os tangarás tem o costume de cortejar a fêmea dançando. O mais comum deles, o tangará-dançarino (Chiroxiphia caudata), enfileira-se com vários outros pretendentes em um galho e exibindo-se ante a fêmea, um de cada vez. Depois de executarem o rito, cada um volta educadamente ao fim da fila e espera a vez de exibir-se novamente, até um ser escolhido.

Quase se misturando às árvores com suas penas verdes (você pode vê-la à esquerda do galho), ela os observa enquanto cada um exibe suas habilidades e plumagem brilhante. No final, todos eles se alinham novamente para aguardar sua decisão. A expectativa deles na marca dos dois minutos é um pouco intensa!

No caso dos dançarinos, o macho dominante do grupo sempre se aparta do grupo no fim da exibição e se comporta como um sentinela no alto de um poleiro, na tentativa de atrair a fêmea, mas, diferente dos rabilongos, ele não tem a preferência e ela pode escolher qualquer outro do grupo.