A ONU pediu que investiguem as violações a ucranianas e alertou sobre a situação das crianças

Vários funcionários públicos da ONU pediram na segunda-feira no Conselho de Segurança para que investiguem a violência contra as mulheres na bárbara invasão russa a Ucrânia e demandaram proteger as crianças. Segundo a diretora da agência ONU Mulheres, Sima Bahous, . Essas denúncias devem ser objeto de uma investigação independente para garantir justiça e encontrar responsáveis. Ela regressou de uma viagem à região do conflito, e disse que a combinação de deslocações em massa com a ampla presença de recrutas e mercenários e a brutalidade contra os civis ucranianos levantou todos os sinais de alerta.

- "É hora de terminar esta guerra. As crianças da Ucrânia não podem se permitir esperar", asseverou Manuel Fontaine, diretor do programa de emergências da Unicef, acrescentando sobre o risco da fome em Ucrânia. - "Dos 3,2 milhões de crianças que, segundo estimativas, seguem em suas casas, quase a metade não tem o suficiente para comer", estimou.

A situação é pior em cidades como Mariupol e Jerson onde as crianças e suas famílias passam semanas sem água corrente, serviço de saneamento, abastecimento regular de alimentos e cuidados médicos.

Por outra parte, as autoridades ucranianas acusaram as tropas russas presentes de exercer violência sexual seletiva contra mulheres e meninas ucranianas. A filial ucraniana da ONG Strada, que defende os direitos das mulheres, recebeu dezenas de chamadas concernentes a casos de violação de mulheres e crianças ucranianos por parte de invasores russos", declarou a responsável pela organização, Aliona Kryvuliak. Mas ela acha que terá números bem mais altos quando comece a se dissipar a comoção das vítimas.

- "Pode ter centenas, inclusive milhares, de mulheres e jovens violadas", estima Aliona, que faz questão da necessidade de reunir provas, ainda que reconheceu a dificuldade de fazer em um país invadido, em zonas onde o sinal telefônico ou a rede elétrica estão perturbadas.