Os cientistas descobriram uma nova espécie de aranha, elevando a contagem mundial para 50.000 espécies, mas especialistas suspeitam que pelo menos mais aranhas estão esperando para serem descobertas, de acordo com uma declaração do Museu de História Natural de Berna, na Suíça. A aranha, Guriurius minuano, pertence à família das aranhas saltadoras de olhos redondos (Salticidae) e reside em arbustos e árvores no sul do Brasil, Uruguai, e em torno de Buenos Aires. Descrita pela primeira vez por pesquisadores no Brasil, a aranha foi reportada ao Catálogo Mundial de Aranhas (CMA). |
Detalhes sobre as espécies mais recentes da CMA foram publicados este mês na Zootaxa. Foi descrita pela aracnóloga Kimberly S. Marta e seus colegas, e recebeu o nome do extinto povo Minuano que vivia na área. Esse grupo étnico extinto vivia nas mesmas regiões onde o aracnídeo está localizado. A aranha-saltadora tem um padrão listrado em seu abdômen e grandes olhos negros.
A primeira espécie de aranha foi descrita em 1757. Em 265 anos, especialistas descreveram 50.000 espécies. Os aracnologistas suspeitam que em menos de 100 anos, outras 50.000 aranhas serão descobertas.
As aranhas-saltadoras são conhecidas por sua capacidade de atacar suas presas. Existem cerca de 6.000 espécies descritas em mais de 600 gêneros de aranhas-saltadoras, tornando-as a família taxonômica mais proeminente de aranhas, de acordo com o Guinness. Esses aracnídeos diversos, coloridos e com padrões intrincados são normalmente encontrados nos trópicos, mas algumas espécies raras também vivem em regiões frias, incluindo o Ártico.
As aranhas-saltadoras têm a visão mais nítida entre os aracnídeos e usam essa vantagem para perseguir suas presas com precisão. Além disso algumas espécies de aranha-saltadora podem ver luz ultravioleta e cores azul e verde.
Muitos membros da família Salticidae também têm danças de acasalamento elaboradas e animadas, muitas vezes apresentando movimentos vigorosos do corpo e espasmos de suas oito pernas, como por exemplo a aranha-pavão (Maratus volans), mostrada no vídeo abaixo.
Em 2012, uma aranha-saltadora da espécie, Phidippus johnsoni, tornou-se a primeira "aranhauta" do mundo e fez da Estação Espacial Internacional sua casa por 100 dias antes de retornar à Terra para viver no Zoológico de Insetos no Museu Nacional de História Natural do Smithsonian. A aranha foi a primeira aranha-saltadora a viajar para o espaço e se reajustar com sucesso à vida na Terra.
Apesar de dar arrepios em alguns indivíduos, os aracnídeos são profissionais de controle de pragas. Estima-se que as aranhas consumam entre 400 e 800 milhões de toneladas de insetos por ano. Elas são um dos predadores mais cruciais nos habitats terrestres.
Talvez. devido a grande massa de aracnídeos que há no globo, o temor pelas aranhas é uma das fobias mais comuns entre os humanos, inclusive com a disseminação que o ser humano engole pelo menos 4 aranhas por ano durante o sono. Isso é só um mito.
Em 2017, dois cientistas apresentaram um estudo na revista "Science of Nature" avaliando a abundância de aracnídeos. Eles estimaram que no planeta há entre 500 milhões e 800 milhões de toneladas de aranhas, que consomem perto de 400 milhões de toneladas de insetos em um ano. Em perspectiva, as aranhas poderiam comer toda a população humana em pouco mais de 8 meses. Meda!
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