A rara espada-do-Havaí (Argyroxiphium sandwicense), ou hinahina como é conhecida localmente, como o próprio nome diz, é endêmica do Havaí. Ela tem apenas duas subespécies separadas por geografia. Ambas as subespécies são raras, ameaçadas e protegidas pelo governo federal, devido ao seu status de espécies ameaçadas de extinção, em suas áreas nativas em um futuro próximo, pela União Internacional para a Conservação da Natureza. A subespécie sandwicense é a que se encontra em estado mais crítico pois hoje apenas resistem em pé 40 indivíduos. |
A espada-de-Haleakala (Argyroxiphium sandwicense macrocephalum) só pode ser encontrada na montanha Haleakala na ilha de Maui em altitudes acima de 2.100 metros e a espada-de-Mauna (Argyroxiphium sandwicense sandwicense) é encontrada na montanha Mauna Kea na ilha do Havaí em altitudes acima de 2.600 metros.
Além do ecossistema frágil onde se desenvolve e também da mudança climática, uma das principais razões pelas quais hinahina se converteu em uma espécie em extinção é a introdução de mamíferos ungulados não nativos pelos colonizadores europeus. À medida que a população de ovelhas crescia, a população da espada-do-Havaí diminuiu exponencialmente.
Suas folhas crescem em forma de roseta junto ao solo, com forma de uma espada -por essa razão recebeu o nome popular-. Elas são bem rígidas e pontiagudas -como as folhas de abacaxi-, o que funciona como proteção contra ataque de roedores, os poucos animais de seu habitat. Mas com a introdução de cabras e ovelhas esta proteção contra predação deixou de ser efetiva e virou comida.
A inflorescência se desenvolve a partir do centro da roseta de folhas e pode atingir até 3 metros de altura, por 75 centímetros de largura, com aglomerados que variam de 50 até 600 flores.
Cada espada-do-Havaí floresce apenas uma vez na vida, o que pode acontecer dentro de um período de não menor que 20 anos e não menor que 90 anos. Os botânicos ainda não conseguiram entender o que faz este período ser tão grande. Para produzir esta imensa haste floral, que ademais carrega sementes para dispersão e perpetuação da espécie, a hinahina gasta demasiada energia. Assim, logo após que as sementes amadurecem a planta morre.
Especialistas estão realizando um busca inglória para resolver o problema da ameaça de extinção. Eles encontram dificuldade desde a polinização, passando pela a produção de sementes que é crítica, a germinação que é parca mesmo em ambientes controlados e sobretudo em relação a sobrevivência das mudas, que não vingam.
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