Ser um artista de gritos para filmes e programas de TV parece um trabalho bastante intenso. E Ashley Peldon parece estar no topo quando se trata de gritar para viver. Essa capacidade de gritar foi em grande parte uma forma dela conseguir seus primeiros trabalhos de atuação. Nascida em Nova York na década de 1980, ela e sua irmã eram procuradas como atrizes mirins para fazer pontas em filmes do tipo B. Foi assim que aos 7 anos, ela conseguiu um papel importante em uma série da CBS chamada "Child of Rage" ("Criança Raivosa"). |
- "O papel necessitava de fazer longas cenas de gritos e berreiros", disse ela. - "Na audição tive que realizar esses desabafos, gritando para mostrar a agonia vivida pela personagem."
O seriado contava a história real de uma menina que sofreu abuso grave quando criança e teve o que hoje entendemos como transtorno de apego reativo: ela nunca aprendeu o que era amor e não sabia como ter relacionamentos de confiança, então agia de forma violenta. Aquela série acabou mudando toda a carreira e jornada pessoal de Ashley.
Aos 20 anos ela já havia participado de 40 filmes e séries de TV, mas, na busca de uma vida mais tranquila, no final dos anos 2000, ela deixou de ser atriz e se enveredou na carreira de dubladora.
- "Tive a sorte de conseguir partes em que realmente pude usar e brincar muito com minha voz, e gritar se tornou algo pelo qual eu era conhecida", conta Ashley.
Seu trabalho geralmente vem na fase de pós-produção, quando ela adiciona gritos adicionais e dublagem para atrizes que não têm a capacidade de alcançar o som de berreiros que o diretor quer. Como Ashley diz, sua profissão é como a de um dublê fazendo coisas difíceis que podem prejudicar a voz de uma atriz ou estão fora de seu alcance.
- "Quando os dinossauros estão atacando no filme Jurassic World de 2015, e você vê pessoas correndo, meus gritos estão nessa sequência. Quando gravei, vi que os personagens estavam agarrando seus cabelos, caindo e depois se levantando, então tentei combinar isso e criar toda a energia e movimento no som", explica a dubladora.
Graças à sua carreira única, provavelmente grita mais em um ano que uma pessoa normal faria a vida toda.
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Comentários
errastes feio..... ela grita mais em apenas um dia de trabalho, do que em toda a minha vida.....