Aconteceu em 1708 durante a Guerra da Sucessão Espanhola. O galeão espanhol San José saiu carregado com uma grande carga de tesouros, porém, o navio acabou sendo afundado por navios da marinha britânica. Desde então, ninguém conseguiu localizá-lo. Três séculos depois, o exército colombiano divulgou imagens do que é considerado um dos naufrágios mais valiosos do mundo, um galeão de 64 canhões que abrigava cerca de 600 pessoas a bordo e carregava pelo menos 200 toneladas de tesouros. |
O galeão transportava moedas de ouro, ouro, prata e esmeraldas, com valor estimado de até 17 bilhões de dólares de acordo com os valores atuais. Como as autoridades explicaram, "o santo graal dos naufrágios" foi encontrado por oficiais navais colombianos na costa de Cartagena em 2015, mas sua localização precisa foi mantida em segredo.
Em 6 de junho, o presidente colombiano Iván Duque publicou imagens inéditas do naufrágio, durante uma conferência, que revelaram muitos tesouros recém-descobertos, incluindo cerâmica chinesa, moedas de ouro, espadas e canhões. Como Duque explicou:
- "A ideia é recuperá-lo e ter mecanismos sustentáveis de financiamento para futuras extrações. Desta forma, protegemos o tesouro, o patrimônio do galeão San José."
Duque disse ainda que o vídeo e as imagens foram feitos por equipamentos de última geração operados remotamente que desceram para explorar os cantos e recantos dos destroços. Por exemplo, eles descobriram que as inscrições nos canhões revelavam que eles haviam sido feitos em 1655 em Sevilha e Cadiz. Além disso, como explicou o presidente:
- "O rastreamento do naufrágio levou à descoberta de mais dois naufrágios nas proximidades, um navio colonial e uma escuna que possivelmente sejam do século XIX."
Como costuma acontecer com esse tipo de descoberta, resta uma batalha legal a ser resolvida pela autoria do que foi encontrado. De fato, a Colômbia reivindicou o naufrágio e seu conteúdo como seus, e o ex-presidente Juan Manuel Santos assinou a Lei do Patrimônio Cultural Submerso em 2013, que diz que os artefatos recuperados nas águas colombianas pertencem ao estado.
Por sua vez, a Espanha também apresentou uma reclamação, afirmando que o navio era seu e citando a convenção da UNESCO sobre o patrimônio cultural subaquático.
O que a Espanha não diz é que praticamente a totalidade dos objetos de valor do navio foram saqueados em operações de pilhagem em países sul-americanos. Para complicar ainda mais as coisas, parte desse tesouro também pode ser reivindicados Por esses países.
O MDig precisa de sua ajuda.
Por favor, apóie o MDig com o valor que você puder e isso leva apenas um minuto. Obrigado!
Meios de fazer a sua contribuição:
- Faça um doação pelo Paypal clicando no seguinte link: Apoiar o MDig.
- Seja nosso patrão no Patreon clicando no seguinte link: Patreon do MDig.
- Pix MDig ID: c048e5ac-0172-45ed-b26a-910f9f4b1d0a
- Depósito direto em conta corrente do Banco do Brasil: Agência: 3543-2 / Conta corrente: 17364-9
- Depósito direto em conta corrente da Caixa Econômica: Agência: 1637 / Conta corrente: 000835148057-4 / Operação: 1288
Faça o seu comentário
Comentários