O rei-da-saxônia (Pteridophora alberti), endêmico da floresta montanhosa da Nova Guiné, é um passeriforme da família das aves-do-paraíso. Ele foi descrito pelo ornitólogo alemão Adolf Bernard Meyer em 1894, no Clube de Ornitologia Britânico. Tanto o nome comum "rei-da-saxônia" quanto o nome científico específico "alberti" foram dados em homenagem ao então rei Alberto da Saxônia. As plumas ornamentais da cabeça do macho são tão bizarras que, quando o primeiro espécime foi levado para a Europa, ornitólogos pensaram que fosse uma farsa. |
A rei-da-saxônia tem aproximadamente 22 centímetros de comprimento. O macho é preto e amarelo com uma íris marrom escura, pernas cinza-acastanhadas, um bico preto com uma abertura verde-água brilhante e duas plumas de sobrancelha notavelmente longas (até 50 centímetros) recortadas, que podem ser independentemente erguidas à vontade.
Como costuma ocorrer com a maioria das aves, e ainda mais com as aves-do-paraíso, o dimorfismo sexual é acentuado. A fêmea sem adornos é marrom acinzentado com partes inferiores manchadas (ver última foto).
As plumas occipitais que são mudadas costumam ter segunda vida. Os pássaros-de-archbold (Archboldia papuensis), que habitam também as florestas montanhosas da Nova Guiné, costumam usá-las para decorar seu rabo e, por sua vez, também são coletadas por humanos.
Os machos também são caçados por suas longas plumas altamente valorizadas, usadas pelos nativos para decoração cerimonial, mas, apesar disso, a espécie permanece bastante comum em partes de sua área de distribuição.
Os machos adultos são bastante territoriais, guardando sua área em poleiros localizados no topo de árvores altas, e desses poleiros canta para competir com machos de territórios vizinhos. Enquanto canta, o macho movimenta suas plumas occipitais.
O comportamento de cortejo de acasalamento rei-da-saxônia consiste em uma combinação de vocalizações e manobras físicas, reforçadas por sua magnífica e única plumagem. As penas occipitais são únicas, pois não possuem mais sua estrutura regular de penas, mas são ornamentos atraentes que não possuem funcionalidade.
Essas penas podem ser duas vezes mais longas que o corpo do pássaro, e evoluíram como resultado da seleção feminina, na qual as fêmeas escolhem os machos com base em benefícios genéticos indiretos que aumentam a aptidão da prole.
Esse processo ocorre devido à falta de participação do macho no processo de criação da prole, obrigando as fêmeas a avaliar a aptidão do macho por meio de rituais de acasalamento e pelo tamanho das plumas da cabeça.
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