Enquanto os tubarões que andam em terra podem soar como o enredo aterrorizante de um filme de "Sharknado", um estudo recente examinou uma espécie que realmente pode sair da água. Mas dificilmente é uma habilidade indutora de pesadelos: os pequenos tubarões podem rastejar cerca de 30 metros pela terra. Chamados de tubarões-epaulette (Hemiscyllium ocellatum), essas criaturas dóceis representam pouco risco para os humanos, mas ainda são considerados o "tubarão mais resistente da Grande Barreira de Corais". |
- "A espécie pode fornecer aos cientistas informações valiosas sobre a sobrevivência em ambientes hostis", disse Jodie Rummer, bióloga marinha da Universidade James Cook na Austrália e coautora do estudo, publicado na revista Integrative and Comparative Biology, onde os cientistas estudaram a mecânica de como esses tubarões se movem, comparando sua marcha como recém-nascidos versus juvenis.
Eles afirmam que caminhar em terra pode ser uma estratégia de sobrevivência motivada não apenas pelas condições naturalmente severas do habitat dos tubarões, mas também pelas mudanças climáticas.
- "Os tubarões-epaulette vivem nos extremos. Se quisermos aprender o que acontece com os animais sob as condições extremas das mudanças climáticas, observar os animais que já vivem nessas condições -e entender como eles se movem e lidam- pode ser o primeiro passo.", disse Marianne Porter, principal autora do estudo e bióloga da Universidade Atlântica da Flórida.
Os tubarões-epaulette têm cerca de 1 metro de comprimento com barbatanas em forma de remo que usam para caminhar, seja pelo fundo do oceano ou em terra firme. Eles vivem em águas rasas em meio a recifes de corais no oeste do Oceano Pacífico ao redor da Nova Guiné e norte da Austrália. Esses tubarões resistentes podem sobreviver à deficiência de oxigênio por até cerca de duas horas, o que os ajuda a persistir em seu habitat desafiador.
No estudo, os cientistas levantaram a hipótese de que as mudanças nas formas do corpo dos tubarões à medida que crescem afetariam a forma como eles se movem. Os tubarões-epaulette recém-nascidos extraem nutrientes de um saco vitelino interno até cerca de um mês de idade, o que faz com que suas barrigas inchem. Os juvenis, por outro lado, procuram ativamente vermes, crustáceos e pequenos peixes, por isso são mais esbeltos.
Para testar sua hipótese, a equipe de pesquisa examinou tubarões durante três marchas dos animais na água: caminhada lenta a média, caminhada rápida e natação. Surpreendentemente, eles descobriram que marcadores como velocidade geral, rotação da nadadeira e frequência do batimento da cauda permaneceram os mesmos para recém-nascidos e juvenis.
Pesquisas adicionais -incluindo como esses tubarões andam em terra- podem fornecer mais informações sobre por que esses movimentos não mudam à medida que os tubarões envelhecem. Estudos futuros podem determinar como as mudanças climáticas podem ter impactado o comportamento de caminhada desses tubarões.
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