Gocta, uma das cachoeiras mais altas do mundo, só foi revelada ao mundo em 2006

Em 2005, o economista alemão Stefan Ziemendorff, que trabalhava em um projeto de águas residuais na província do Amazonas, no Peru, fez uma pausa em seu trabalho para fazer uma caminhada no vale de Utcabamba, em busca de uma das abundantes reservas pré-incas em uma região onde a floresta amazônica colide com a Cordilheira dos Andes. Quando cruzou em uma ravina cega, ele avistou algo inesperado: uma imponente cachoeira de dois níveis ao longe que não aparecia em nenhum mapa. Como costuma acontecer com europeus, ele conferiu para sim a descoberta.

No mês de março seguinte, depois de retornar ao local com equipamentos de medição, Ziemendorff deu uma entrevista coletiva para declarar ao público que havia descoberto a terceira cachoeira mais alta do mundo. As duas camadas combinadas somavam incríveis 771 metros, a altura de mais de duas Torres Eiffel.

É claro que a "descoberta" de Ziemendorff não foi realmente uma descoberta. Os moradores de Cocachimba conheciam a cachoeira desde a década de 1950. A cidade deles estava localizada praticamente logo abaixo dela.

Eles a conheciam como "Gocta", devido ao som feito pelos bugios da região. Mas eles evitavam principalmente a imponente cachoeira devido às superstições que a cercavam. A maravilha natural simplesmente se misturava ao pano de fundo de sua vida diária.

O pronunciamento de que Gocta era a terceira maior cachoeira do mundo foi recebido com controvérsia. Dependendo da sua medida, as quedas podem estar em qualquer lugar do terceiro ao décimo sexto maior do mundo.

Os questionamentos que chegaram é que os vários níveis contam como uma cachoeira? Onde a cachoeira começa, já que é principalmente em uma encosta?

Ninguém está duvidando da impressionante majestade das Quedas de Gocta. O aumento do interesse internacional também beneficiou Cocachimba, que agora recebe muitos turistas que vão para testemunhar as cataratas.