Situada na costa da Tanzânia, a ilha de Quilua Quisiuani ("Ilha do Peixe”) já foi o centro de um dos maiores impérios da África Oriental. Do século IX até o século XIX, a ilha foi um porto rico e poderoso, atingindo seu auge no final da Idade Média. Em seu apogeu, o império se estendia do Quênia a Moçambique, e a prosperidade de Quilua Quisiuani foi crucial para o desenvolvimento da civilização suaíli. Durante este tempo foram construídas grandes estruturas que agora são ruínas impressionantes, tudo o que resta do império tardio. |
Uma das ruínas mais impressionantes é a Grande Mesquita, também conhecida historicamente como Quíloa, a mesquita mais antiga da costa leste africana, que tem 16 cúpulas sustentadas por muitos arcos e pilares.
Outro local incrível é o Palácio de Husuni Kubwa, que tem vista para a ilha do alto e já foi o maior edifício da África subsaariana.
Segundo a lenda, o império foi estabelecido na ilha por um príncipe persa, chamado Ali ibne Haçane, que comprou Quilua Quisiuani de um chefe por tecido suficiente para circundar a ilha. O príncipe então destruiu uma ponte que ligava a ilha ao continente da Tanzânia.
Entre os séculos XI e XV, os seus descendentes nelas estabeleceram o mais poderoso centro comercial da África Oriental.
No século XIII, os seus chefes dominavam todos os centros comerciais da costa africana, desde a ilha de Pemba, a norte, até Sofala, no sul.
Quilua Quisiuani ficou rica e poderosa porque estava bem localizada nas rotas comerciais entre a África, China, Índia e Arábia.
Ouro, porcelana, quartzo, marfim e outros tesouros valiosos passaram pela ilha. Entre as próprias exportações da ilha estavam especiarias, casco de tartaruga e escravos.
O mundo ocidental ficou conhecendo Quilua através dos escritos do geógrafo marroquino ibne Batuta, que a visitou em 1331.
Ele ficou extasiado pela beleza da grande cidade, com edifícios construídos de pedra de coral, normalmente com um único piso e pequenos compartimentos separados por maciças paredes e com telhados formados de placas da mesma pedra, suportados pelas paredes e por estacas de mangal.
Em 1500, a caminho da Índia, Pedro Álvares Cabral também visitou Quilua e referiu-se às belas casas de coral e seus terraços, o que atraiu a atenção dos portugueses.
Com a presença destes na região, a fortuna de Quilua mudou radicalmente: Vasco da Gama invadiu a ilha em 1502 tornando-a tributária de Portugal.
Foi esse o início do seu declínio, que ocorreu no século XVI, quando os portugueses construíram o seu próprio forte na ilha e passaram a dominar o comércio da região.
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