Por que os oboés são tão caros?

Quando comparados a instrumentos de sopro semelhantes, os oboés são facilmente os mais caros ao longo do tempo. Enquanto um fagote de alta qualidade ou flauta dourada rosa pode custar até 100 mil reais, esses instrumentos são muito duráveis e podem durar uma vida inteira. Por outro lado, um oboísta profissional precisa substituir seu instrumento a cada 4-6 anos, e cada um custa em torno de 40 e 50 mil reais. Alguns oboístas das principais orquestras do mundo substituem seu oboé quase todos os anos. Ou seja, ao longo da vida eles gastam uma fortuna.

Oboés são caros por muitas razões diferentes, mas as mais importantes são o custo das madeiras exóticas e outros materiais, e a habilidade artesanal da sua fabricação. Os oboés eram originalmente feitos de madeiras comuns na Europa, como buxo ou bordo, mas à medida que o instrumento se desenvolveu, os fabricantes de instrumentos começaram a preferir madeiras mais duras da África. As madeiras mais duras, como jacarandá, cocobolo, ébano e granadilha, foram usadas para suportar extenso trabalho de teclas anteriormente ausente das versões anteriores do oboé.

Essas madeiras duras e exóticas são difíceis de obter e muitas vezes são rigorosamente regulamentadas quando importadas da África. Além disso, a madeira também deve ser envelhecida e classificada para que apenas as peças mais adequadas sejam usadas para fazer instrumentos. Tudo isso contribui para o custo do oboé.

Mas os clarinetes também são feitos de madeiras duras e exóticas e não são tão caros! Embora isso seja verdade, há uma condição adicional que impede que todas as peças, exceto as mais densas e bem temperadas, sejam selecionadas para oboés em oposição a clarinetes ou flautins.

Estas são as paredes extremamente espessas e o diâmetro muito estreito do furo na junta superior. Em alguns lugares, as paredes do oboé podem ser duas vezes mais grossas que as do clarinete e, como as peças apropriadas são menos comuns e mais difíceis de trabalhar, o oboé é mais caro.

A chave do oboé é a mais complexa das madeiras, como qualquer oboísta sabe. É notoriamente difícil manter a vedação do instrumento e as chaves ajustadas. Os artesãos habilidosos que fabricam o instrumento devem trabalhar meticulosamente na execução dos postes e chaves prateados para não rachar a madeira e garantir que as chaves interajam corretamente umas com as outras. Quaisquer erros neste processo podem tornar o instrumento inútil.

Por fim, é o mercado que decide o preço de todas as mercadorias, e o oboé não é exceção. Embora existam certamente mais oboés disponíveis para compra atualmente do que nas gerações anteriores, há apenas um punhado de fabricantes que podem ser confiáveis no mundo profissional.

Além disso, como os custos de material, transporte, impostos, mão de obra e marketing são semelhantes para todos os fabricantes, o preço tende a ser uniformemente alto dentro de uma margem estreita. No entanto, existem algumas técnicas para reduzir o custo do oboé.

O canal do Youtube Insider Business visitou Mike Dadson em Howarth, em Londres para aprender sobre os materiais usados ​​na fabricação de um oboé e porque o instrumento é muito mais caro do que outros instrumentos de sopro. Um dos outros motivos do preço está relacionado com o número de chaves no oboé. Um clarinete normalmente tem 17 teclas, enquanto um oboé tem quase o dobro disso no modelo para estudantes.

Por outro lado, se a pessoa for um músico não profissional, pode se interessar em comprar um oboé usado que funcione para a escola ou apresentações de amadores. Esses oboés podem custar até metade do preço de um instrumento novo e muitas vezes são muito menos propensos a quebrar do que instrumentos novos.

Outra ótima alternativa é comprar um oboé sintético. Isso é especialmente bom para artistas que precisam tocar ao ar livre ou para alunos mais jovens. Oboés sintéticos são muito mais resistentes e, se bem conservados, podem durar muito mais do que seus equivalentes de madeira. De qualquer forma, estes instrumentos alternativos não são naturalmente tão melódicos.