A maior colônia de papagaios-do-mar do mundo fica na Islândia

A Islândia é o lar de cerca de metade de todos os papagaios-do-mar (Fratercula arctica) do mundo. As Ilhas Westman, que abrigam a maior colônia de fradinhos do mundo, são um paraíso para as aves icônicas do país. Existem mais de 1,1 milhão de tocas de papagaio-do-mar enterradas sob o solo na cadeia de ilhas. Do final de abril até meados de setembro, as aves salpicam as falésias e os prados. Durante esse período, cerca de 20% de toda a população mundial de fradinhos se reproduz e cria seus filhotes ali.

Como muitas aves marinhas, o papagaio-do-mar passa a maior parte do ano longe da terra em mar aberto e só visita as áreas costeiras para se reproduzir. É uma ave sociável e geralmente se reproduz em grandes colônias.

As colônias buscam principalmente estas ilhas sem predadores terrestres, mas pássaros adultos e filhotes recém-criados ainda correm o risco de ataques aéreos de gaivotas-pretas e mandriões.

A aparência marcante do papagaio-do-mar, o bico grande e colorido, o andar bamboleante e o comportamento deram origem a apelidos como "palhaço-do-mar" e "fradinho". É a ave oficial da província canadense de Terra Nova e Labrador.

Existe uma tradição anual para as crianças de Heimaey, a única ilha habitada do arquipélago, formar "patrulhas pysja" para resgatar pintinhos ou juvenis de papagaios-do-mar perdidos e desorientados que saíram de seus ninhos.

Os filhotes emergem do ninho e tentam chegar ao mar, mas às vezes se confundem, talvez pela iluminação da rua, acabando por desembarcar na aldeia.

As crianças pegam as aves confusas e os levam para casa durante a noite. Elas então os soltam de volta à natureza de manhã para a segurança do mar. As patrulhas pysja salvam milhares de papagaios-do-mar todos os anos.

Além das patrulhas pysja, os papagaios-do-mar estão enraizados na vida em Heimaey. Imagens de fradinhos aparecem em murais e anúncios. Até as placas de rua são inspiradas nas aves de bico laranja.

A população começou a diminuir rapidamente nos anos 2000, quando os moradores os caçavam como fonte de alimento tradicional. Desde então, a população começou a se recuperar, para alegria dos ilhéus que consideram as aves uma parte importante de sua cultura.