A floresta tropical amazônica, ou simplesmente Amazônia, provavelmente se formou durante a era Eoceno - entre 56 e 33,9 milhões de anos atrás-. Surgiu após uma redução global das temperaturas tropicais quando o Oceano Atlântico se expandiu o suficiente para fornecer um clima quente e úmido à bacia amazônica. A floresta tropical existe há pelo menos 55 milhões de anos, e a maior parte da região permaneceu livre de biomas do tipo savana pelo menos até a atual era do gelo, quando o clima era mais seco e a savana mais difundida. |
Via: Neil Palmer/CIAT - Wikimedia/CC BY-SA 4.0
Com base em evidências arqueológicas de uma escavação na Caverna da Pedra Pintada, o famoso sítio arqueológico localizado no município de Monte Alegre, no Pará, os habitantes humanos se estabeleceram na região amazônica há pelo menos 11.200 anos. O desenvolvimento subsequente levou a assentamentos pré-históricos tardios ao longo da periferia da floresta em 12.50 d.C., o que induziu alterações na cobertura florestal.
Por muito tempo, pensou-se que a floresta amazônica nunca foi mais do que escassamente povoada, pois era impossível sustentar uma grande população por meio da agricultura devido ao solo pobre. No entanto, estudos antropológicos recentes sugeriram que a região era realmente densamente povoada. Cerca de 5 milhões de pessoas podem ter vivido na região amazônica em 1.500 d.C., divididas entre densos assentamentos costeiros, como o de Marajó, e habitantes do interior.
Nove países compartilham a bacia amazônica e a maior parte da floresta tropical, 58,4%, está contida dentro das fronteiras do Brasil. Os outros oito países incluem Peru com 12,8%, Bolívia com 7,7%, Colômbia com 7,1%, Venezuela com 6,1%, Guiana com 3,1%, Suriname com 2,5%, Guiana Francesa com 1,4% e Equador com 1%.
Via: Neil Palmer/CIAT - Wikimedia/CC BY-SA 4.0
Hoje, mais de 30 milhões de pessoas de 350 grupos étnicos diferentes vivem na Amazônia, subdividida em 9 diferentes sistemas políticos nacionais e 3.344 territórios indígenas formalmente reconhecidos. Os povos indígenas representam 9% da população total, e 60 dos grupos permanecem em grande parte isolados sem contato com a civilização.
Há evidências de que houve mudanças significativas na vegetação da floresta amazônica ao longo dos últimos 21.000 anos através do último máximo glacial e subsequente deglaciação. Atualmente, mais de 56% da poeira que fertiliza a floresta amazônica vem da depressão de Bodélé, no norte do Chade, no deserto do Saara. A poeira contém fósforo, importante para o crescimento das plantas. A poeira anual do Saara substitui a quantidade equivalente de fósforo arrastada anualmente no solo amazônico pelas chuvas e inundações.
Em geral, ficamos boquiabertos com ao biodiversidade e, sobretudo, com o endemismo de Madagascar e nos esquecemos que floresta amazônica é o bioma mais rico em espécies do mundo com uma biodiversidade incomparável. Uma em cada dez espécies conhecidas no mundo vive na floresta amazônica. Isso constitui a maior coleção de plantas vivas e espécies animais do globo.
Via: Geoff Gallice - Wikimedia/CC BY-SA 4.0
Nesse sentido, a BBC Earth criou uma jornada deslumbrante que convida os espectadores a relaxar e apreciar as imagens e os sons dos animais únicos que vivem nas selvas da América do Sul. Esta filmagem calmante faz parte da série de documentários The Wild Place.
A região abriga cerca de 2,5 milhões de espécies de insetos, dezenas de milhares de plantas e cerca de 2.000 pássaros e mamíferos. Até o momento, pelo menos 40.000 espécies de plantas, 2.200 peixes, 1.294 aves, 427 mamíferos, 428 anfíbios e 378 répteis foram cientificamente classificados na região.
Este outro vídeo mais longo apresenta diferentes áreas da América do Sul. Foi demonstrado que observar imagens da natureza ajuda nosso bem-estar físico e mental. Portanto, relaxe enquanto viaja por habitats que vão desde desertos até pântanos argentinos.
Mais dados estatísticos para ficar embasbacado com a Amazônia: uma em cada cinco espécies de aves é encontrada na floresta amazônica, e uma em cada cinco espécies de peixes vive em rios e córregos amazônicos. Os cientistas descreveram entre 96.660 e 128.843 espécies de invertebrados só no Brasil.
O Brasil abriga cerca de 20% da biodiversidade mundial, o que o torna o país com maior biodiversidade do mundo. Para preservar esse patrimônio natural, o país criou o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) para gerir áreas delimitadas com o objetivo de conservar o seu patrimônio natural, que inclui elementos ecológicos, históricos, geológicos e culturais.
Segundo indicadores de desenvolvimento do Banco Mundial, o SNUC cobre hoje uma área de mais 30,3% de extensão territorial do país, algo em torno de 2.553.000 km², a maior do mundo onde caberiam 5 Franças. Além disso o país hoje abriga 74 parques nacionais (quarta posição no mundo), entre eles o maior do mundo: Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque, que fica na divisa entre o Amapá e o Pará, com 38.651 km², que abrigaria quase toda a Suíça.
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