Uma ave tímida e amante das montanhas, o quiuí-de-Haast (Apteryx australis 'haast'), é um dos Apterygiformes mais raros do mundo. Mais da metade da população conhecida vive em uma área gerida ativamente das cadeias de de montanhas de Haast, onde a batalha continua para salvar essas aves da extinção. A reclusão do quiuí-de-Haast torna difícil trabalhar com ele, mas também o ambiente inóspito que ele chama de lar: o terreno íngreme e frequentemente frio com mau tempo da área montanhosa no lado oeste da Ilha do Sul, na Nova Zelândia, onde vivem cerca de 400 indivíduos. |
A maior parte da área em que o quiuí-de-Haast é encontrado é coberta pelo santuário homônimo, onde eles são gerenciados ativamente in situ e por meio de um programa de captura de arminhos, o principal predador de filhotes e de ovos da ave.
Nem todos os cientistas concordam que o quiuí-de-Haast é uma subespécie separada do quiuí-castanho-do-sul, mas ele passou a ser reconhecido como distinto em 1993 para fins de gerenciamento por causa de suas diferenças genéticas e corporais do quiuí-castanho, como o bico mais fortemente curvado para baixo e uma plumagem mais ruiva.
Enquanto a maioria das aves tem ossos com interior oco para minimizar o peso e tornar o vôo possível, o quiuí tem medula, assim como os mamíferos. Sem restrições de peso devido aos requisitos de voo, as fêmeas de quiuí carregam e põem um único ovo que pode pesar até 450 gramas.
E como a maioria das outras ratitas, elas não têm glândula uropigial. Seu bico é longo, flexível e sensível ao toque, e seus olhos têm um pécten reduzido. Suas penas não possuem bárbulas, e possuem grandes vibrissas ao redor do bico, como os bigodes nos gatos. Portam de treze penas de vôo, sem cauda e um pequeno pigóstilo.
Os quiuís são as únicas aves que tem a narina na ponta -não na base- do bico, permitindo que sintam o cheiro de uma minhoca a vários centímetros.
O olho do quiuí é o menor em relação à massa corporal dentre todas as espécies de aves, resultando em um campo de visão igualmente menor. O olho tem pequenas especializações para um estilo de vida noturno, mas o quiuí depende mais de seus outros sentidos -sistema auditivo, olfativo e somatossensorial- do que de sua vista.
A visão do quiuí é tão subdesenvolvida que espécimes completamente cegos foram observados na natureza, mostrando o quão pouco eles dependem da visão para sobreviver e forragear.
Seus filhotes permanecem no território, talvez por até sete anos, atuando como 'ajudantes' na incubação, sentando-se no ovo por uma pequena parte do dia. Compartilhar os deveres dessa maneira significa que não é incomum que os casais reprodutores tenham duas ninhadas em uma temporada.
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