A rã-touro-africana (Pyxicephalus adspersus) é a maior rã da África, muito agressiva e voraz, comendo tudo o que se mexe ao seu alcance: insetos, outros invertebrados, pequenos roedores, répteis, pequenos pássaros, peixes, e outros anfíbios. Em um caso famoso e notório ocorrido em 1976, uma rã-touro africana mantida no Zoológico de Pretória, na África do Sul, comeu 17 jovens najas-cuspideiras. Ela é um dos três anuros que podem voluntariamente "morder" humanos quando se sentem provocadas ou manuseadas. As outras espécies são as dos gêneros Ceratophrys e Lepidobatrachus. |
Na natureza, tais estruturas ósseas odontoides não são utilizadas para mastigar, mas sim para segurar as presas durante o processo de deglutição, que costumam ser engolidas vivas. Dizem que a mordida dói como um inferno, mas não tem peçonha.
Os machos da rã-touro chamam para o acasalamento a estação chuvosa. Os machos têm duas estratégias de reprodução, dependendo da idade. Os machos jovens se reúnem em uma pequena poça ao lado de um corpo de água maior. Os machos maiores ocupam o centro dessas arenas de reprodução ou leks, e tentam afugentar outros machos. Muitas vezes, eles lutam, causando ferimentos ou até mesmo matando uns aos outros.
O macho dominante tenta impedir que outros se reproduzam e geralmente consegue porque a fêmea mergulha para evitar os machos menores e aflora na área defendida pelo macho maior no meio do grupo. Isso ajuda a garantir que ela acasale com o macho dominante.
A fêmea põe cerca de 3.000 a 4.000 ovos de cada vez. Os girinos eclodem e, após dois dias, começam a se alimentar de vegetação, pequenos peixes, invertebrados e até uns aos outros. Durante o desenvolvimento do girino, o pai protege seus filhotes que se metamorfoseiam em três semanas.
Devido ao comportamento superprotetor do macho, ele ataca e morde qualquer coisa que considere uma ameaça. Pese que seja um pai dedicado, se ficar com fome não vai se furtar em comer um ou outro filho, afinal são 3 semanas de vigília.
Se a poça corre o risco de secar ou os girinos, o pai usa as pernas e a cabeça para cavar um canal da poça para um corpo de água maior. Ele continua a proteger os girinos até que tenham idade suficiente para se defenderem sozinhos, embora continue fazendo lanchinhos esporádicos da prole.
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