Os porcos-espinhos-de-crista-africanos (Hystrix cristata) são fascinantes de várias maneiras. Taxonomicamente, pertencem a ordem dos roedores, mas tem sua própria família, histricídeos, como espécie única. Eles são monogâmicos, geralmente o par acasala por toda a vida, e vivem em pequenos grupos familiares com seus filhos. De tipo atarracado e robusto, ele causa estrago na população de grandes felinos do Serengeti. Só para que se tenha uma ideia nem o feroz texugo-do-mel (Mellivora capensis) se mete com ele. |
Com efeito, há vídeos terríveis no Youtube que mostram leões e leopardos agonizando depois de derem espetados por eles. Nesse sentido, na semana passada nós falávamos como leões da região oeste do Quênia passam a caçar humanos depois de serem feridos por porcos-espinhos.
O caso mais famoso ocorreu em 1898, quando 2 comedores de homens de Tsavo foram responsáveis pela morte de mais de 100 homens. A história dos dois leões virou filme, "A Sombra e a Escuridão", de 1996, com Val Kilmer. Ambos tinham fragmentos de penas de porco-espinho presos em fraturas dentro de seus dentes e sem poder atacar presas maiores se dedicaram a comer um homem após o outro..
Eles tem tanta certeza da efetividade de seu método de defesa, que muitas vezes se aproximam de um grupo de leões, fazem um giro de 180 graus, erguem seus espinhos, andam trás fazendo com que todo o grupo saia do caminho. Mas se são tão perigosos, cabe a pergunta: como os porcos-espinhos-de-crista acasalam? Com muito cuidado!
Antes do acasalamento, a fêmea levanta os espinhos e a cauda e apresenta o traseiro ao macho. Em seguida, o macho levanta as patas dianteiras e caminha sobre as patas traseiras em direção à fêmea até que a parte inferior de sua cauda levantada dê suporte e toque em sua barriga. A cauda da fêmea protege o macho de se machucar com suas penas. Ele se mantém em pé nas patas traseiras e usa as patas dianteiras para segurar a cauda dela para se equilibrar. Qualquer desequilíbrio e... mórreu!
Em geral, muito do conhecimento sobre o comportamento reprodutivo do porco-espinho-de-crista vem de indivíduos em cativeiro. Em um estudo publicado no Jornal Italiano de Zoologia, os cientistas descobriram que os machos geralmente montavam suas parceiras todas as noites sem realmente copular e muitas vezes quando a fêmea não estava no cio, o que indica que eles montam também por outras razões além da reprodução. Estes gostam mesmo de viver perigosamente.
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