Uma base nazista, um lugar para esconder OVNIs, um reservatório comum... As teorias sobre o Olho são muitas e de todos os tipos. No nordeste da Argentina, no delta do pantanoso rio Paraná, encontra-se a inusitada ilha "Olho". Tem 118 metros de diâmetro, fica em uma superfície de água um pouco maior e suas margens planas formam um círculo bem definido. A ilha tem a mesma forma circular do lago onde está localizada e ocupa cerca de quatro quintos da área da superfície do corpo d'água, fazendo com que a água do lago pareça uma meia-lua. |
Foi feito um breve relato sobre as características físicas da água e descobriram que ela é incrivelmente clara e gelada, algo peculiar da região. Além disso, a terra que está localizada na superfície do Olho é muito sólida, algo que não é o caso em seus arredores.
Mas o mais curioso de tudo é que a ilha se move e gira em seu eixo com movimentos no sentido horário. Isso pode ser verificado facilmente com as imagens de satélite do Google, observando as fotos dos anos anteriores.
Os pesquisadores também descobriram que os moradores conhecem esse fenômeno há muito tempo, mas não se arriscam a se aproximar dele, pois acreditam que uma divindade antiga mora lá.
O local era um assentamento de Querandíes, etnia do nordeste da região dos Pampas. Nas margens do rio Luján, perto do "Olho", existem restos de cerâmica indígena. Havia também cemitérios na área.
Até o cineasta argentino Sérgio Neuspiller, que afirmou ter descoberto a ilha depois de começar a rodar um filme no Delta do Paraná, sustentou a existência de denúncias de supostas entidades na área.
Ninguém sabe como se formou, nem desde quando se transformou, muito menos por que o faz. O que se sabe é que existe e se movimenta há pelo menos 30 anos. Talvez muito mais tempo. Então, por que ninguém viu antes?
- "Sabendo as coordenadas, qualquer um pode ver. O que acontece é que o círculo não é tão grande assim. Tem 120 metros e se você não procurar especificamente, não vai encontrar. Nas fotos de satélite, parece nada mais do que uma partícula", disse Sérgio que decidiu fazer um documentário sobre o Olho.
Havia tanto para explorar, tanto para descobrir. Alguns dias após a detecção, Sérgio e sua equipe foram ao encontro do Olho. Na primeira expedição não chegaram. Eles estavam sobrecarregados com equipamentos: vários detectores, analisadores de espectro, sensores de rastreamento de metal, câmeras, microfones. O objetivo era encontrar restos de uma nave, indícios de fenômenos paranormais... qualquer coisa que desse sentido à formação.
Na segunda expedição, eles erraram o caminho e se depararam com uma área pantanosa. Somente na terceira encontraram o local. A primeira vista foi decepcionante. Até então, consideravam duas "teorias" um tanto rebuscadas: uma delas dizia que se tratava de uma construção da última ditadura militar, como uma espécie de teste de algum tipo de arma. A outra afirmava que foi o impacto de uma nave alienígena.
No final, as primeiras investigações optaram por uma formação natural.
- "É uma espécie de represamento, uma formação de plantas. Pode ter sido uma lagoa de onde uma pequena quantidade de plantas flutuantes se soltou e cresceu e alargou o círculo. Em um ponto, há um equilíbrio entre o que o círculo cresce e se desgasta ao colidir com o círculo externo que o contém", explicou Sérgio.
Em hidrologia isto é chamado de "ilha flutuante": uma massa de plantas aquáticas flutuantes, lama e turfa que variam em espessura de vários centímetros a alguns metros. As ilhas flutuantes são um fenômeno natural bem comum encontrado em muitas partes do mundo. Elas podem ser geralmente encontradas em pântanos, lagos e locais alagados semelhantes -sempre com águas plácidas-, e podem ter muitos metros de tamanho, e se deslocam devido às correntes de água e à influência do vento.
Elas também existem menos comumente como um fenômeno artificial. As mais famosas são as ilhotas flutuantes do Titicaca, feitas com junco, que são habitadas pelos antigos Uros, que foram forçados a fixar residência nas ilhas quando os Incas se expandiram para suas terras.
Ilhas flutuantes artificiais também podem ser usadas como um sistema de tratamento de água promissor para limpar rios, lagos e lagoas imundos Criadas para serem como ecossistemas em miniatura na água, as ilhas abrigam vegetação nativa que promove microrganismos que crescem nas raízes das plantas na água que ajudam a decompor e sugar a poluição. Até agora, as estruturas de aparência natural foram implantadas na Finlândia, nas Filipinas e na China.
Alguns cenotes no norte do México têm ilhas flutuantes naturais. Na Amazônia brasileira, ilhas flutuantes se formam em lagos nas planícies aluviais de rios sem correnteza, são conhecidas como matupás e variam em tamanho de alguns metros quadrados a alguns hectares. A região pantanosa de Ayapel, um município da Colômbia, localizado no departamento de Córdoba, abriga um Olho muito mais fantástico que o argentino.
Às vezes chamadas de touceiras, as ilhas flutuantes naturais são compostas de vegetação que cresce em um tapete flutuante de raízes de plantas ou outros detritos orgânicos. Nas regiões aquáticas do noroeste da Europa, vários milhares de acres de prados flutuantes foram preservados, que são parcialmente usados como terras agrícolas e parcialmente como reservas naturais.
O MDig precisa de sua ajuda.
Por favor, apóie o MDig com o valor que você puder e isso leva apenas um minuto. Obrigado!
Meios de fazer a sua contribuição:
- Faça um doação pelo Paypal clicando no seguinte link: Apoiar o MDig.
- Seja nosso patrão no Patreon clicando no seguinte link: Patreon do MDig.
- Pix MDig ID: c048e5ac-0172-45ed-b26a-910f9f4b1d0a
- Depósito direto em conta corrente do Banco do Brasil: Agência: 3543-2 / Conta corrente: 17364-9
- Depósito direto em conta corrente da Caixa Econômica: Agência: 1637 / Conta corrente: 000835148057-4 / Operação: 1288
Faça o seu comentário
Comentários