Em todo o mundo, governos e organizações de saúde criaram regulamentos e campanhas para impedir o uso de cigarros, desde advertências gráficas nos rótulos até a promoção de áreas livres de fumo. Agora, a Nova Zelândia adotou uma abordagem mais rígida que visa acabar de vez com o uso do tabaco. Depois de serem anunciados no ano passado, o parlamento aprovou uma série de leis antifumo, incluindo uma que significa que qualquer pessoa nascida em 2009 ou depois nunca poderá comprar cigarros ou qualquer outro produto de tabaco. |
- "Queremos garantir que os jovens nunca comecem a fumar, por isso tornaremos uma ofensa vender ou fornecer produtos de tabaco para novos grupos de jovens", disse a ministra adjunta da saúde, Ayesha Verrall. - "Pessoas com 14 anos quando a lei entrar em vigor nunca poderão comprar tabaco legalmente."
Além do aumento anual da idade para fumar -uma lei que se acredita ser a primeira do gênero no mundo- a quantidade legal de nicotina nos produtos de tabaco será drasticamente reduzida e a quantidade de varejistas que podem vendê-los será reduzida em 90%, de 6.000 para 600. Cigarros não serão mais vendidos em bares e supermercados, podendo ser adquiridos apenas em tabacarias especializadas.
Esses esforços fortalecem a missão da Nova Zelândia de ser livre do fumo até 2025. De acordo com estatísticas do governo, a taxa de tabagismo está em uma baixa histórica, já que apenas 8% dos adultos neozelandeses fumam todos os dias, abaixo dos 9,4% do ano passado. As iniciativas esperam reduzir esse número para menos de 5% nos próximos dois anos.
Além disso, essas novas regras esperam diminuir a diferença de expectativa de vida entre as comunidades Māori e do Pacífico e os cidadãos não-Māori, que chega a 25% para as mulheres. A taxa geral de fumantes desses grupos é de 19,9%, que caiu de 22,3% há um ano. O governo também aumentou o financiamento para serviços e campanhas de saúde e lançou serviços de demissão projetados para essas comunidades.
- "Esta legislação acelera o progresso rumo a um futuro sem fumo", disse Ayesha. - "Milhares de pessoas viverão vidas mais longas e saudáveis e o sistema de saúde ficará US$ 5 bilhões melhor por não precisar tratar as doenças decorrente do fumo, como vários tipos de câncer, ataques cardíacos, derrames, amputações."
E como a Nova Zelândia possui um sistema de saúde universal, essas mudanças significam uma grande vitória para a saúde pública.
O Instituto Nacional do Câncer, em um estudo sobre a prevalência do tabagismo, publicado em outubro passado, indica que o percentual de adultos fumantes no Brasil apresentou uma expressiva queda nas últimas décadas em função das inúmeras ações desenvolvidas pela Política Nacional de Controle do Tabaco.
Só para que se tenha uma ideia, em 1989, 34,8% da população acima de 18 anos era fumante. Uma queda significativa nesses números foi observada no ano de 2003, quando o percentual observado foi de 22,4%. No ano de 2008 segundo uma Pesquisa Especial sobre Tabagismo este percentual era de 18,5%.
Os dados mais recentes do ano de 2019, recolhidos pela Pesquisa Nacional de Saúde apontaram o percentual total de adultos fumantes em 12,6%.
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