Músico cria melodias exuberantes em 33 taças de vinho cheias de água

O músico Petr Spatina faz melodias com taças. O que pode ser visto como um elaborado truque de festa é, na verdade, uma disciplina musical. A prática consiste em taças de vinho verticais preenchidas com água em níveis variados, que acabam fomentando diferentes afinações musicais. Esses "instrumentos" são chamados de harpas-de-vidro, taças-musicais, taças-cantoras, órgão-angelical, verrillon ou violino-fantasma. O instrumento é tocado passando os dedos umedecidos ou com giz ao redor da borda das taças. O resultado é um som delicado e exuberante que lembra a harpa de cordas.

Spatina é da República Tcheca e tem tocado música durante a maior parte de sua vida. Quando era mais jovem, aprendeu acordeão e piano antes de finalmente dominar a harpa-de-vidro. Este acabou se tornando seu instrumento preferido, e Spatina escreveu e tocou sua própria música para ela por duas décadas.

O dedicado músico leva sua harpa-de-vidro para as ruas, onde encanta os transeuntes com a combinação de belas músicas e a inusitada visão de 33 taças sobre uma mesa na calçada.

Spatina sempre atrai uma multidão e ganhou atenção mundial graças aos espectadores que o assistiram fazer sua mágica e compartilhá-la online.

Violinos-fantasma foram documentados na Pérsia no século XIV, mas a harpa-de-vidro com taças foi criada em 1741 pelo irlandês Richard Pockrich, que é conhecido como o primeiro virtuoso das taças musicais.

Pockrich chamou seu instrumento de "órgão angelical" e era tocado com baquetas, em vez de esfregar os vidros com um dedo umedecido. Sua bem-sucedida carreira foi encerrada trágica e prematuramente por um incêndio no seu quarto em 1759.