Manter um dos maiores navios de cruzeiro do mundo operando custa a bagatela de US$ 1 milhão por dia

Os navios de cruzeiro estão ficando cada vez maiores, mais avançados e estão se tornando quase como cidades flutuantes. Avanços em tecnologia, materiais e construção naval hoje permitem navios mais substanciais e seguros. Esses avanços se traduzem em mais comodidades, muito conforto e lazer embaladas em navios de cruzeiro. Chegou a um ponto em que um navio é tão vasto e moderno que, com mar de almirante e céu de brigadeiro, grande parte dos passageiros nem se dá conta que está dentro de um barco de verdade.

Piscinas gigantes, lojas, cassinos e restaurantes podem ser encontrados em um navio de cruzeiro. Frequentemente chamados de shoppings e cassinos flutuantes dos oceanos, um navio de cruzeiro pode gerar enormes despesas operacionais.

Os cruzeiros são um grande negócio, tão grande que pode ser difícil entender exatamente qual o custo de sua operação. O custo para operar um navio de cruzeiro anualmente pode chegar a vários milhões de dólares.

A Royal Caribbean registrou números de mais de 6,1 milhões de passageiros que navegaram em seus navios em todo o mundo em 2019, antes da pandemia, que gastaram cerca de US$ 9,5 bilhões nessas viagens no mesmo ano.

A empresa de transportes marítimos tinha 26 navios de cruzeiro naquele ano, cujo custo operacional anual por navio foi em média de US$ 360 milhões por ano -ou cerca de US$ 1 milhão por dia-. O custo é maior para navios maiores, como o Symphony of the Seas, e menor para navios menores, como o Empress of the Seas.

Esses custos operacionais são compostos por despesas de bordo, folha de pagamento, alimentação, combustível, entre outras. Por exemplo, é preciso uma equipe de 2.400 pessoas trabalhando dia e noite para manter o Symphony of the Seas navegando.

Nas cozinhas de navios de cruzeiro, os chefs preparam em torno de 30.000 refeições por dia. O cruzeiro gasta centenas de milhares de dólares apenas em combustível todos os dias. É um negócio que precisa de um capital enorme.

Todos os resíduos a bordo são tratados em áreas secretas e exclusivas da tripulação do navio. E a casa das máquinas e a ponte do capitão trabalham juntas para alimentar e mover a cidade flutuante.