Oliveira de 3.000 anos na ilha grega de Creta ainda produz azeitonas hoje

Evidências fósseis indicam que a oliveira teve suas origens 20 a 40 milhões de anos atrás no Oligoceno, no que agora corresponde à Itália e à bacia oriental do Mediterrâneo. Cerca de 100.000 anos atrás, as azeitonas eram usadas pelos humanos na África, na costa atlântica do Marrocos, sobretudo como combustível de lamparina e provavelmente para consumo. Oliveiras silvestres, ou oleasters, estavam presentes e coletadas no Mediterrâneo Oriental desde 19.000 a.C. O genoma das azeitonas cultivadas reflete sua origem nas populações de oleaster no Mediterrâneo oriental.

A oliveira foi cultivada pela primeira vez há cerca de 7.000 anos nas regiões mediterrâneas. Por milhares de anos, as azeitonas foram cultivadas principalmente para o óleo de lamparina, com pouca consideração pelo sabor culinário. Sua origem pode ser rastreada até o Levante com base em tabuletas escritas, caroços de oliveiras e fragmentos de madeira encontrados em tumbas antigas. Já em 3.000 a.C., as azeitonas eram cultivadas comercialmente em Creta; elas podem ter sido a fonte da riqueza da civilização minóica.

Na ilha de Creta, na aldeia de Vouves, ergue-se uma oliveira estimada em 3.000 anos. Forte e resistente, a "Oliveira de Vouves" ainda hoje dá frutos. A arqueóloga Ticia Verveer postou uma foto da árvore no Twitter e observou:

- "Ela já estava aqui quando Roma queimou em 64 d.C. e Pompéia foi enterrada sob um espesso tapete de cinzas vulcânicas em 79 d.C. Isso tudo aconteceu apenas durante a infância da árvore."

Estima-se que 20.000 pessoas visitam a árvore a cada ano. Se você não pode fazer uma viagem a Creta, pode dar uma olhada no vídeo logo abaixo.

Do outro lado do Mediterrâneo, é possível ainda encontrar seis outras oliveiras que se acredita terem de 2.000 a 3.000 anos de idade, alguns de nossos últimos laços vivos com um mundo antigo.