Todos nós temos que nos dar bem com nossos vizinhos. É assim que as coisas são se quisermos desfrutar de uma existência pacífica. Embora possa ser difícil por causa de diferenças culturais, habituais ou recreativas, geralmente há uma maneira das pessoas encontrarem um equilíbrio se ambas estiverem abertas a concessões. Mas quantas pessoas podem dizer que estão se beneficiando mutuamente de seus vizinhos sem realmente interferir nos negócios uns dos outros? |
Essas relações simbióticas existem em todo o reino animal, inclusive no oceano. Existem três tipos comuns de simbiose encontrados no oceano: mutualismo, comensalismo e parasitismo. Para os humanos, pode ser difícil imaginar ter qualquer um dos tipos, onde um ou ambos se beneficiam do relacionamento. No entanto, a simbiose é um sistema que existe na Terra entre várias espécies há milênios.
Os dugongos, por exemplo, tem uma relação de mutualismo com o xaréu-dourado, que limpa a pele do mamífero de ectoparasitas e escamas soltas e aproveita para se alimentar de pequenos camarões quando o dugongo remexe o fundo do oceano.
Estes mamíferos marinhos de 2,5 a 3 metros de comprimento, sirênios gentis, pastam nos prados de ervas marinhas costeiras dos oceanos Índico e Pacífico, e sempre terá um grupo de xaréus ao seu lado.
Mas o dugungo não gosta muito do parasitismo da rêmora, que possui a primeira barbatana dorsal transformada em uma ventosa, com a qual se fixam a outros animais como tubarões ou tartarugas, podendo assim viajar grandes distâncias.
O dugongo parece contente em ter os xaréus por perto. As rêmoras, por outro lado, parecem incomodá-lo. Eles não parecem ser limpadores úteis. A maioria das rêmoras come cocô. O dugongo odeia isso. Deve ser muito desconfortável.
As rêmoras também comem parasitas e bactérias da pele do dugongo, um efeito colateral benéfico de sua companhia, mas este dugongo não parece estar interessado. O sirênio tenta então sacudir as criaturas irritantes, mas não funciona.
Hora do plano B: ele rola criando uma nuvem de lodo e areia. Uma vez que tem uma densa cobertura de lama, ele foge com seus valetes dourados.
Seja como for, até o final do dia certamente outras rêmoras estarão perseguindo o plácido dugongo. A relação entre uma rêmora e seu hospedeiro é frequentemente considerada como de comensalismo, especificamente forésia, mas este não parece ser o caso do dugongo.
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