Você sabe o que é estranho? Olhar para algo grande o suficiente para segurar em sua mão e saber que é feito de uma única célula solitária. Estamos acostumados a pensar nas células como blocos de construção microscópicos da vida. Mais de 37 trilhões delas se uniram para criar os humanos, e você precisa de cerca de 5 milhões para fazer uma mosca. Claro, aprendemos na biologia do ensino médio que existem organismos unicelulares simples, mas estamos acostumados a vê-los no microscópio. |
Mas há algas-bolha (Ventricaria ventricosa, anteriormente Valonia ventricosa), uma espécie que não é nem vegetal nem animal, e com até 9 centímetros de diâmetro, é um dos maiores organismos unicelulares da Terra.
Encontradas em águas oceânicas tropicais e subtropicais em todo o mundo, incluindo na costa sul brasileira, as algas-bolha ficam entre escombros de corais e manguezais, seu brilho incomum fazendo com que pareçam pérolas gigantes abaixo da superfície.
Então, como algo que consiste apenas em uma única célula cresceu e se tornou tão grande?
Bem, as algas-bolha são conhecidas como organismos cenocíticos, o que significa que elas têm muitos núcleos celulares, mas não são separadas por paredes celulares. Esse fenômeno ocorre quando há divisão repetida do núcleo, mas não do citoplasma, da célula original.
Isso significa que, tecnicamente, as algas-bolha têm apenas uma célula, mas essa célula contém as partes de várias células, o que permite que as espécies cresçam até um tamanho macroscópico.
O maior organismo unicelular do mundo é estruturado da mesma forma: uma alga aquática chamada Caulerpa taxifolia, que pode chegar a crescer até 30 centímetros de comprimento.
Nativo do Pacífico Sul, a Caulerpa unicelular pode crescer muito rapidamente, o que torna seu potencial invasivo uma preocupação real. As algas-bolha também são ruins, elas são um flagelo notório entre os entusiastas do aquário, que dizem que se você estourar uma, acabará com muitas, muitas mais.
Elas vêm em tons de verde, de esmeralda brilhante a musgo escuro, mas podem aparecer em prata, azul-petróleo ou preta através da água. Sua estranha forma esférica lhes rendeu o apelido de olhos-de-marinheiro, e você pode ver o porquê neste clipe da ilha Lady Elliot em Queensland.
No vídeo do TED-Ed abaixo explicam por que as algas-bolha unicelulares são uma coisa, mas os elefantes unicelulares não.
Também conhecida como uva-do-mar, a reprodução ocorre por divisão celular segregativa, onde a célula-mãe multinucleada produz células-filho, e os rizóides individuais formam novas bolhas, que se separam da célula-mãe.
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