A espécie retratada acima é o pavão-faisão-malaio (Polyplectron malacense), uma ave muito rara nativa do Sudeste Asiático, encontrada nas florestas de planície da Península Malaia. Esses "mini pavões" têm uma das caudas mais curtas de todos os pavões-faisões do gênero Polyplectron. Suas manchas turquesas e roxas, embutidas em um mar de manchas, parecem particularmente bonitas quando no modo de exibição total. O pavão-faisão-malaio não é a única espécie com manchas impressionantes. |
Alguns de seus parentes mais próximos, incluindo o lindo faisão-pavão-de-Palawan (Polyplectron napoleonis), endêmico das Filipinas, e o faisão-pavão-cinzento (Polyplectron bicalcaratum), a ave nacional de Mianmar, os possuem, e são tão bonitos quanto. Aqui temos um close-up das manchas do pavão-faisão, com suas cores alucinantes.
Esses padrões, e aqueles na cauda do pavão-indiano (Pavo cristatus) parecem muito com os olhos (ou ocelos) de certas espécies de borboletas e mariposas, que se acredita serem uma forma de aposematismo, uma estratégia anti-predador. Até os tigres parecem ter ocelos, o que levanta a questão: que tipo de predador um tigre espera afastar?
Alguns pesquisadores questionaram se os ocelos em pavões, pavões-faisões e outras espécies de aves poderiam ter uma função semelhante. Ainda que o artigo da Wikipédia afirme que estas aves "vibram suas plumas acentuando ainda mais seu aposematismo". Tudo leva a crer que não. A vibração deve ter mais a ver com corte e exibição para as fêmeas.
Há alguns anos, uma equipe liderada por Suzanne Amador Kane, uma física de Harvard com interesse especial no comportamento de várias espécies de aves, decidiu testar o quanto esses padrões são visíveis para diferentes tipos de predadores.
Usando várias tecnologias de imagem, eles modelaram como predadores de aves reagiriam aos ocelos em diferentes momentos do dia, em várias distâncias e em diferentes ambientes.
O estudo, publicado em 2019, descobriu que os ocelos provavelmente são muito visíveis para outras aves da mesma espécie, mas quando se trata de predadores... bem, não faz muita diferença. muitos mamíferos que se alimentam de aves têm sistemas visuais dicromáticos com apenas dois tipos de receptores visuais sensíveis à cor, em vez dos três e quatro fotorreceptores característicos dos humanos e da maioria das aves, respectivamente.
O fato é que para predadores mamíferos dicromatas, os contrastes visuais para essas penas foram apenas fracamente detectáveis e muitas vezes abaixo dos limiares de detecção para distâncias de visualização típicas.
Uma coisa da qual os pesquisadores têm certeza é que essas cores brilhantes e bonitas certamente não estão prejudicando as chances de sobrevivência dos pavões e outras aves de cores vivas. Uma conclusão a que outros pesquisadores também chegaram.
Todas as 8 espécies de faisão-pavão são consideradas em risco crítico de extinção pela lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza, devido a perda de habitat e pela pequena faixa onde vivem as populações destas galiformes.
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