Muito mais leve do que o ser humano médio e diminuto em frente ao golfinho-nariz-de-garrafa mais comum -que pesa 300 kg e pode alcançar até 4 metros de comprimento, o golfinho-de-Hector (Cephalorhynchus hectori) é mais do tamanho de uma foca do que de um delfim, com o tamanho variando entre 1,2 e 1,6 metro com 40 a 60 kg de peso. O golfinho-de-Hector é o único cetáceo -um grupo que inclui golfinhos, botos e baleias- endêmico da Nova Zelândia, e suas duas subespécies estão divididas entre as ilhas do Sul e do Norte. |
A subespécie mais comum, o golfinho-de-Hector da Ilha Sul (C. h. hectori) está espalhada pela Ilha Sul, aparecendo muito ocasionalmente em Fiordland, o canto sudoeste da Ilha Sul. A outra subespécie, o golfinho-de-Māui (C. h. maui), é encontrada na costa noroeste da Ilha do Norte.
Acreditava-se que as águas profundas do Estreito de Cook, que corre entre as ilhas do Sul e do Norte, agiam como uma barreira para separar as duas subespécies, mas nos últimos anos, um punhado de indivíduos se desviou de seu "lado" preferido.
Enquanto o golfinho-de-Hector da Ilha Sul é considerado ameaçado de extinção, com pouco mais de 7.000 indivíduos estimados na natureza, o golfinho-de-Māui está em apuros muito maiores.
Acredita-se que existam apenas 28 fêmeas maduras no mundo. A estimativa mais recente da subespécie é de 63 indivíduos com 1 ano de idade ou mais. O golfinho-de-Māui, criticamente ameaçado, é considerado o golfinho mais raro do mundo.
Seu nome vem da palavra Māori para a Ilha do Norte, Te Ika-a-Māui. Também foi apelidado de popoto, a palavra Māori para o golfinho.
Ambas as subespécies compartilham uma aparência bonita e distinta: eles exibem impressionantes marcas brancas, cinzas e pretas, incluindo uma máscara preta e uma faixa branca ao longo da barriga. Eles não têm bico discernível e barbatanas dorsais invulgarmente arredondadas, que parecem a orelha do Mickey.
Um dos maiores problemas destes golfinhos é o fato de viverem perto da costa, motivo pelo qual correm grande risco de ficarem presos em redes recreativas e comerciais. As redes de arrasto são as piores, por causa de como são finamente tricotadas.
Embora a reunião da Comissão Baleeira Internacional de 2012 tenha visto a Nova Zelândia proibir as redes de arrasto em uma parte do habitat do golfinho-de-Māui, isso não foi suficiente para conter o declínio populacional em ambas as subespécies.
Grupos conservacionistas continuam pressionando o governo para tomar mais medidas contra essas redes. A IUCN recomendou proteger os golfinhos-de-Māui da pesca com redes de arrasto, desde a costa até o contorno de 100 metros de profundidade.
Para piorar os golfinhos-de-Hector, devido ao seu pequeno tamanho, têm diversos predadores: o tubarão-de-sete-brânquias (considerado seu principal predador), tubarão-branco, tubarão-azul, tubarão-mako e orcas.
Ademais, supõe-se que os filhotes sejam desmamados por volta de um ano de idade, e a taxa de mortalidade nos primeiros 6 meses é estimada em cerca de 36%. Essas características combinadas da história de vida significam que, como muitos outros cetáceos, os golfinhos-de-hector são capazes apenas de um crescimento populacional lento.
Sua taxa máxima de crescimento populacional foi previamente estimada em 1,8–4,9% ao ano, com base em informações demográficas antigas, que foram atualizadas para 3–7% ao ano, com base em informações demográficas atualizadas e uma história de vida invariante observada em todos os vertebrados.
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