A fotografia subaquática requer equipamentos e técnicas muito especializadas para ser praticada com sucesso. Além da necessidade do fotógrafo ser um bom mergulhador, a fotografia submarina está sujeita à influência de marés, fortes correntezas e baixa visibilidade. De fato, a principal dificuldade a ser superada pelo fotógrafo é a extrema perda de cor e contraste a uma certa profundidade ou distância do objeto, fato que pode ser observado mesmo mergulhado numa piscina de águas rasas e cristalinas. As fotos apresentam um primeiro plano de cores bem distintas contra um fundo azulado. |
A partir dos 10 metros a absorção da luz pela água cresce exponencialmente com a profundidade ou distância. Então é necessário bastante conhecimento pra conseguir fazer fotos de criaturas marinhas e este parece ser o caso específico do fotógrafo Andrey Savin.
Contornando o fundo arenoso do mar ou flutuando entre folhas de anêmonas, os temas dos retratos de Andrey exibem cores vibrantes apesar da absorção da luz pela água. Nesse caso há duas técnicas bem conhecidas por mergulhadores: a primeira é posicionar a câmera tão próxima quanto possível do modelo a ser fotografado, o que acaba por minimizar a perda horizontal de cor.
A segunda técnica é usar flash para recuperar as cores perdidas com a profundidade, mas Andrey provavelmente não lança mão do flash para não provocar perturbação no fundo marinho.
- "Via de regra, passo muito tempo perto do objeto e tiro dezenas de fotos", diz ele em seu Instagram onde ele exibe uma miríade de criaturas marinhas coloridas. - "No entanto, comecei a perceber que muitas vezes, durante o dia, a melhor foto é a primeira, que é o que se chama de 'overflow'."
Ele conhece a maioria das espécies marinhas nas águas ao redor de onde mora nas Filipinas, fascinado por seus hábitos enigmáticos e interações únicas. Ele é um dos pouco fotógrafos que conseguiu retratar o macho do peixe-cabeça-amarela (Opistognathus aurifrons) chocando os ovos na boca (foto 10).
Enquanto está com os ovos na boca, o peixe não pode se alimentar, o que acarreta uma considerável perda de peso e, às vezes, até sua morte de fome. Ele esperou mais de uma hora até que o peixe-cabeça-amarela se tornasse suficientemente confiante para deixar o esconderijo para oxigenar os ovos.
- "Os momentos mais interessantes para mim são quando observo relações entre seres vivos da mesma espécie ou relações interespécies", conta ele em sua página do Behance. Finalista do concurso Fotógrafo Close-up do Ano de 2022, ele destaca os traços distintos de cada indivíduo, desde dentes irregulares até escamas salpicadas em seu notável lar aquático.
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