Quando não está com o penacho levantado, o aratatá (Cochlearius cochlearius), também conhecido arataiá, arataiaçu, savacu, socó-de-bico-largo, entre outros nomes indígenas, parece uma garça com bico extremamente largo, remetendo ao seu primo da ordem de pelecaniformes, a cegonha-bico-de-sapato (Balaeniceps rex). No entanto, quando está com a crista levantada ele parece um bizarro bico-de-sapato com penteado punk. Há cinco subespécies reconhecidas, habitando o México, Honduras, Costa Rica, Panamá e Brasil. |
Ele está fartamente distribuído em nosso país No Brasil, desde o Norte e Nordeste até o estado do Paraná. Então muito provavelmente você esteja se perguntado por que nunca viu esta ave? A explicação é simples: o arapapá é notívago. Durante o dia, ele costuma se esconder entre as copadas das árvores. Também é uma ave solitária, que evita tanto os seres humanos quanto a maioria das outras aves.
Dono de olhos grandes e salientes, que tem reflexos alaranjados quando iluminados, o macho pode alcançar até 54 centímetros de comprimento. A fêmea é pouca coisa menor, mas há pouco dimorfismo sexual. A peculiaridade mais distinta do aratatá mesmo é o penacho o grande penacho na nuca, que ele mantém geralmente recolhido.
Os biólogos avaliam que a crista tem propósitos na atração de parceiros, pois, além de ser maior nos machos, tanto macho como fêmea eriçam a crista para fazer a corte. Alguns ornitólogos também avaliam que o penacho parece também ter finalidade defensiva, já que quando o aratatá é perturbado ele levanta e espana o penacho.
Na hora da refeição, composta por peixes, crustáceos, insetos, pequenos mamíferos e folhas, o arapapá procura por locais com cascalho, águas rasas ou pantanosas. Como dizíamos é uma espécie pouco avistada pelo fato de estar ativa durante a noite, quando sai para pescar.
Em 2018, a União Internacional para a Conservação da Natureza classificou o aratatá como uma "espécie pouco preocupante", devido a sua abrangência extremamente grande, assim, ainda que aparentemente sua população esteja diminuindo, acredita-se que tal declínio não é rápido o suficiente para enquadrar a espécie como vulnerável.
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