Animação assustadora mostra a profundidade de alguns dos naufrágios mais conhecidos?

Enquanto as autoridades corriam contra o tempo para salvar cinco pessoas a bordo do submersível Titan desaparecido, um vídeo postado pelo canal Metaball Studios mostrou o quão profundo ele podia estar. O clipe desce gradualmente por uma paisagem digital subaquática. À medida que avança, as alturas de vários pontos de referência são representadas na água, incluindo a Torre Eiffel, a Estátua da Liberdade e o Burj Khalifa, o edifício mais alto do mundo. Eventualmente, a câmera atinge 3.700 metros de profundidade, o fundo do Atlântico Norte, onde estão os restos do Titanic.

O submersível Titan, operado pela empresa americana OceanGate, iniciou seu mergulho na manhã de domingo, mas todo o contato com sua nave-mãe foi perdido logo depois. Um dos homens mais ricos do Paquistão, Shahzada Dawood, estava a bordo do submersível ao lado de seu filho Suleman, acompanhados do bilionário britânico Hamish Harding, o executivo-chefe da OceanGate, Stockton Rush, e o explorador francês Paul-Henry Nargeolet.

A empresa OceanGate cobra pelo passeio um total de US$ 25.000 (cerca de 120.000 reais ) por cabeça e foi lançado na costa de Newfoundland, Canadá, às 7h30 GMT no domingo. Supostamente, o Titan devia se comunicar com os que estão na superfície enviando um alerta para sua nave-mãe, a Polar Prince, a cada 15 minutos. Os cinco a bordo 'pingaram' pela última vez na nave-mãe às 15h GMT no domingo, enquanto estavam diretamente acima de seu destino, o Titanic.

Para tanto a guarda conseguiu ontem contratar um veículo submarino operado remotamente que foi enviado aos destroços do Titanic. Os detritos encontrados incluíam a estrutura de pouso e o convés traseiro do submersível da OceanGate.

A Guarda Costeira afirma que estas peças confirmam que realmente ocorreu implosão do Titan, devido a forte pressão no fundo do Atlântico Norte, confirmando a morte de todas as pessoas a bordo.

O submersível teve uma implosão catastrófica, devido a um casco de fibra de carbono frágil de baixa qualidade. Os passageiros provavelmente tiveram uma morte muito rápida, sem sufocamento ou sofrimento.

Um submarino é um cruzador independente com sua própria fonte de alimentação e sistema de renovação de ar, enquanto um submersível precisa ser apoiado por uma embarcação de superfície ou equipe de terra. Em média, os submarinos podem chegar a um máximo de 450 metros de profundidade. Mas o submersível Titan da OceanGate foi alegadamente projetado para atingir profundidades quase 800% maiores do que isso, com um máximo de 4.000 metros.

Embora isso supere a profundidade do fundo do mar do Atlântico Norte, os especialistas temiam que isso era muito longe para um submarino da Marinha dos EUA alcançar, com suas capacidades limitadas a apenas 609 metros. Como resultado, veículos operados remotamente podem ser a única alternativa para resgatá-los, atingindo profundidades máximas de 6.096 metros.

O RMS Titanic afundou no Oceano Atlântico Norte em 15 de abril de 1912, após colidir com um iceberg durante sua viagem inaugural de Southampton a Nova York. Mais de 1.500 pessoas morreram quando o navio, que transportava 2.224 passageiros e tripulantes, afundou sob o comando do capitão Edward Smith.

Algumas das pessoas mais ricas do mundo estavam a bordo, incluindo o magnata imobiliário John Jacob Astor IV, bisneto de John Jacob Astor, fundador do Waldorf Astoria Hotel. O milionário Benjamin Guggenheim, herdeiro do negócio de mineração de sua família, também morreu, junto com Isidor Straus, co-proprietário da loja de departamentos Macy's, nascido na Alemanha, junto com sua leal esposa Ida.

O navio era o maior à tona na época e foi projetado de forma a ser "inafundável". Tinha ginásio a bordo, bibliotecas, piscina e vários restaurantes e luxuosas cabines de primeira classe. O problema é que não havia botes salva-vidas suficientes a bordo para todos os passageiros devido a regulamentos de segurança marítima desatualizados.

Depois de deixar Southampton em 10 de abril de 1912, o Titanic fez escala em Cherbourg, na França, e Queenstown, na Irlanda, antes de seguir para Nova York. Em 14 de abril de 1912, quatro dias após a travessia, ele atingiu um iceberg às 23h40, horário do navio.

James Moody estava de vigília noturna quando a colisão aconteceu e atendeu a ligação do vigia, perguntando-lhe "O que você vê?" O homem respondeu: "Um iceberg gigante, bem à frente."

Por volta das 2h20, com centenas de pessoas ainda a bordo, o navio mergulhou sob as ondas, levando muitos, incluindo James, com ele.

Apesar dos repetidos pedidos de socorro enviados e sinalizadores lançados dos conveses, o primeiro navio de resgate, o RMS Carpathia, chegou quase duas horas depois, retirando mais de 700 pessoas da água. Apenas em 1985 o naufrágio do navio foi descoberto em dois pedaços no fundo do oceano.