Em seu livro "Select views in Índia", de 1785, o artista inglês William Hodges descreveu Katra Masjid como um grande seminário de aprendizado muçulmano. Ele foi o pintor oficial da viagem de James Cook ao Pacífico em 1781 e pintou a mesquita com seus dois enormes minaretes octogonais com brechas para mosquetes e cinco cúpulas, parte de uma viagem de seis anos pela Índia. Hoje, a mesquita parece um pouco diferente. Com os estragos do tempo e o grande terremoto de 1897, duas de suas cúpulas foram totalmente destruídas. |
Construído em 1724 por nababo Murshid Quli Khan, este quadrângulo de tijolos queimados vermelhos serviu a múltiplos propósitos. Era um caravançarai, uma mesquita e mausoléu de Khan, cujos restos mortais ainda estão enterrados abaixo da escadaria da entrada.
O governante de Bengala, Bihar e Orissa entre 1717 até sua morte em 1727 foi o imperador que estabeleceu a cidade de Murshidabad. Há uma série de teorias de porque seu corpo está enterrado sob a escada de uma mesquita, a primeira é que seria um sinal de humildade do grande imperador.
Outra teoria de crença popular afirma que ele queria ser enterrado desta forma como uma marca de arrependimento, pois supostamente construiu a mesquita com materiais obtidos na destruição de vários templos e residências hindus.
Khan supostamente queria que toda vez que uma pessoa subisse as escadas para chegar à mesquita, passasse por cima de seu corpo, fazendo com que a poeira de seus passos ajudasse a purificar seus pecados.
No entanto, esta teoria de saquear santuários hindus dificilmente se sustenta porque a mesquita mostra a uniformidade do material e o nababo era um patrono conhecido de muitos templos hindus, incluindo o vizinho templo Radha Madhab de Kumarpara, que está de pé até hoje.
O local não é mais usado para orações, mas antigamente as pequenas salas ao redor da mesquita eram usadas por aqueles que liam o Alcorão e o grande pátio da mesquita era usado para oferecer namaz (orações).
Segundo os historiadores, a palavra katra refere-se a caravançarai (grande pousada ou estalagem à beira da estrada) em árabe e persa.
O Katra Masjid foi o maior caravançarai no subcontinente indiano, construído durante a época em que Bengala era um importante centro de comércio na Eurásia. Comerciantes acorriam a Bengala em busca de seda, juta e musselina.
A mesquita tem duas inscrições em lajes de basalto. A laje com inscrição persa diz que ela foi construída por Khan, enquanto a inscrição em árabe diz que "Muhammad, o árabe, é a glória de ambos os mundos. A poeira caia sobre a cabeça daquele que não é a poeira de seu portal."
De acordo com histórias locais, Khan também era conhecido como Jaffer Khan Jinda Pir, ou o santo vivo. Acreditava-se que a cólera nunca iria estourar nas proximidades deste edifício sagrado por meio de suas bênçãos. Hoje, a mesquita é muito bem mantida pela Sociedade Arqueológica da Índia e pelo Governo de Bengala Ocidental.
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