As lebres selvagens adultas, pertencentes ao gênero Lepus, são animais velozes que podem correr até 80 km/h em distâncias curtas e saltar até 3 metros de cada vez. São herbívoras e tem um estilo de vida solitário ou em pares de macho e fêmea. Elas se aninham em pequenas depressões no meio do mato, e seus filhotes são capazes de cuidar de si mesmos logo após o nascimento, diferente dos filhotes de coelhos que são altriciais, nascendo cegos e sem pelos e dependem da mãe por pelo menos 1 mês. |
De fato, quando filhotes de coelhos desmamam a mãe já pode estar prenha novamente porque o cio das coelhas é do tipo induzido. O mesmo pode acontecer com as lebres, mas como eles são precoces, capazes de se defenderem logo após o nascimento, não costumam ficar no ninho mais que duas semanas.
Historicamente, os coelhos e lebres são uma espécie amplamente caçada. Humanos e outros predadores usaram coelhos como principal fonte de alimento desde "sempre". Mas isso não significa que eles não tenham como se defender. Assim como os predadores evoluíram para perseguir coelhos, os coelhos têm muitas características que lhes dão uma chance de lutar contra seus caçadores.
Normalmente um animal tímido, as lebres selvagens também brigam muito entre si na primavera, quando podem ser vistas durante o dia perseguindo umas as outras. Isso parece ser uma competição entre os machos para obter o domínio para reprodução. Isso está presente não apenas na competição entre machos, mas também entre as fêmeas em relação aos machos para evitar a cópula.
Coelhos domésticos foram criados para serem mais amigáveis e dóceis do que seus colegas selvagens. Por esse motivo, muitas pessoas que estão familiarizadas com coelhos de estimação não veem o lado do comportamento da lebre que pode atacar violentamente os intrusos. As lebres estão longe de ser predadores, mas, quando a situação aperta, elas usarão unhas e dentes para tentar se defender.
A principal defesa de uma lebre é sua capacidade de fugir e se esconder o mais rápido possível. No entanto, quando encurralada também é capaz de usar suas garras, dentes e patas traseiras fortes para tentar lutar contra predadores.
No entanto, uma das características mais estranhas da lebre selvagem é a forma que foge: dando um sprint e sumindo da vista do predador, para em seguida parar, recuar e ver se ainda está sendo perseguida. O certo seria que ela continuasse fugindo para as montanhas, mas muitas vezes ela se salva com essa parada providencial, sobretudo quando está sendo caçada por animais que baseiam seu método de caça no olfato.
Por exemplo, graças ao seu olfato extremamente sensível, a maioria dos cães de caça pode seguir um rastro por longas distâncias, até mesmo na água. Por causa disso, eles não precisam manter sua presa à vista e fundamentam sua perseguição praticamente no olfato. Parece que a lebre do vídeo abaixo "entendeu" isso perfeitamente.
- "No reino da astúcia da floresta, um coelho sábio ciente do cachorro em sua trilha de cheiro, recuou, deixando o perseguidor perplexo e derrotado. Moral da história: a sagacidade prevalece sobre a força bruta diante da adversidade", esta é a frase de efeito antropomorfizada que geralmente acompanha o clipe nos posts das redes sociais.
Mas tenho certeza que isso jamais poderia ser chamado de astúcia ou inteligência por parte do animal, ainda que o clipe pareça um extrato de desenho animado. Parar de correr e voltar é um comportamento de fuga visto em várias espécies de lebre. Isso é apenas uma conduta instintiva provavelmente produto da evolução, e não tem nenhuma relação com capacidade de raciocínio que a levou a essa tática de evasão.
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