A imobilidade da guerra de trincheiras que caracterizou a Primeira Guerra Mundial levou à necessidade de um veículo militar poderosamente armado que fosse ao mesmo tempo protegido do fogo inimigo e pudesse se mover no terreno extremamente irregular dos campos de batalha. Já em 24 de agosto de 1914, o coronel francês Jean Baptiste Eugène Estienne articulou a visão de um veículo blindado cross-country, quando disse que a vitória na guerra estava condicionada a um veículo com canhão capaz de se mover em todos os tipos de terrenos. |
Uma das primeiras tentativas foi feita na França com o experimento inicial feito com a máquina Boirault, desenvolvida em 1914 pelo engenheiro francês Louis Boirault, proposta ao Ministério da Guerra francês em dezembro de 1914 e encomendada para construção em 3 de janeiro de 1915.
O objetivo da máquina era achatar as defesas de arame farpado e passar por trincheiras no campo de batalha. A máquina era composta por enormes pistas paralelas, formadas por seis armações metálicas de 4x3 metros, cada uma com quatro travessas transversais, de modo que também podia ser descrita como uma via única cobrindo toda a largura do veículo, girando em torno de um centro motorizado triangular, e acionada por correntes e hastes por um motor a gasolina de 80 cv.
Este dispositivo mostrou-se muito frágil e lento, no entanto, bem como incapaz de mudar de direção com facilidade. O projeto foi oficialmente abandonado em 10 de junho de 1915, mas por insistência do inventor, modificações foram feitas, uma nova comissão foi formada e novos testes organizados em 4 de novembro de 1915.
A máquina, carregada com nove toneladas de pesos de simulação, derrubou com sucesso um obstáculo de arame farpado de oito metros de largura, ultrapassou um funil de cinco metros de diâmetro e atravessou uma trincheira de dois metros de largura. Ela atingia uma velocidade de 1,6 km/h, mas um segundo teste em 13 de novembro mostrou, no entanto, que ainda era extremamente difícil mudar de direção.
Todo o conjunto tinha que ser levantado por um macaco principal, após o qual podia ser girado no máximo 45° manualmente por fora ou por um sistema de macacos menores por dentro da máquina. Mais uma vez o projeto foi rejeitado, devido à sua visibilidade, ruído, vulnerabilidade, baixa velocidade e falta de manobrabilidade.
Em 1916, Louis Boiraul insistiu com um segundo protótipo mais compacto e leve, com blindagem do motor e compartimento do piloto. A segunda máquina, no entanto não se mostrou melhor que a primeira e inclusive era mais lenta, ganhando o apelido de Diplodocus militaris, em alusão ao letárgico dinossauro saurópode gigante.
O projeto foi finalmente abandonado, pois tanques regulares já estavam sendo desenvolvidos nos Estados Unidos. Alguns meses antes, em outubro de 1914, a fabricante de armas francesa Schneider & Co. já havia enviado seu projetista-chefe, Eugène Brillié , para investigar tratores de esteiras da americana Holt Company, na época participando de um programa de testes na Inglaterra.
Este programa da Schneider foi aprovado pelo Ministério da Guerra francês e foi fundido com o plano Estienne, e recebeu uma ordem de produção de 400 Schneider CA1, o primeiro tanque francês a ver o campo de batalha, em 25 de fevereiro de 1916.
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