Na busca de comida, esses caranguejos devem pular de pedra em pedra, desviando dos predadores que os espreitam

O Grapsus grapsus é um dos caranguejos mais comuns ao longo da costa ocidental das Américas. Conhecido como caranguejo-vermelho ou aratu-vermelho, ele é muito comum nos costões rochosos e zonas intermarés de várias ilhas brasileiras e de Fernando de Noronha. Este caranguejo vive entre as rochas na costa muitas vezes turbulenta, logo acima do limite da maresia. Alimenta-se principalmente de algas, às vezes amostrando outras matérias vegetais, esponjas, moluscos, crustáceos -incluindo outros caranguejos-, peixes, tartarugas marinhas jovens, ovos e excrementos de pássaros, guano de morcego e animais mortos.

Sabe-se que eles recorrem ao canibalismo quando as densidades populacionais são altas ou a comida é escassa. É um caranguejo ágil, capaz de saltar, e consequentemente difícil de pegar. Não considerado muito comestível pelos humanos, é usado como isca por pescadores.

Dependendo do tipo de superfície onde vive, o aratu-vermelho só pode comer durante a maré baixa, quando as algas marinhas ficam expostas nas rochas da costa. Isso significa que todos os dias eles precisam viajar para essas rochas. Eles são realmente leves, saltando de rocha em rocha para chegar aos locais de alimentação.

Mas por que diabos eles simplesmente não nadam? Porque as moreias e os polvos aguardam a romaria diária. Esses predadores até saem da água para perseguir um saboroso caranguejinho! A natureza é brutal.

É uma delícia sempre que podemos assistir a um documentário sobre a natureza narrado por Sir David Attenborough. Este segmento é da série de TV da BBC Blue Planet II. Não é apenas bonito e informativo, mas bastante dramático enquanto seguimos um caranguejo na perigosa rota para seu banquete diário.