A lagarta-barão-comum praticamente desaparece na folha de manga

As lagartas-barão (Euthalia aconthea) são conhecidas por sua aparência vibrante e atraente e pela perfeita camuflagem que exibem junto as folhas das plantas em que vivem e comem. Possuem corpo verde brilhante com faixas amarelas e pretas, o que as diferencia das demais lagartas. A espinha amarela e branca em seu dorso perfeitamente alinhada em cor e largura com a nervura central da folha da planta em que vive. É incrível o mimetismo de como a lombada do dorso combina perfeitamente com a nervura central da folha. O problema é que ela praticamente desaparece e quando a pessoa notar já estará com a lagarta na mão.

Suas cerdas são um pouco urticantes, mas não chegam nem perto da taturana-assassina (Lonomia obliqua), que pode provocar hemorragia, insuficiência renal e parada cardíaca. Já a barão rende apenas uma desconfortável coceira.

Quando ela rasteja no chão do Sudeste Asiático, ela parece perfeitamente projetada para se assemelhar a uma conífera ou galho de samambaia selvagem. Essa camuflagem pode até enganar os predadores mais perspicazes, como pássaros.

Essas lagartas podem ser encontradas em várias partes da Ásia, incluindo Índia, Sudeste Asiático e partes da China. Alimentam-se principalmente das folhas de várias espécies de plantas, incluindo várias espécies de maracujá, pergularia e mangueira. A escolha da planta hospedeira pode variar dependendo da localização.

Quando estão prontas para a pupa, as lagartas criam uma pupa presa a uma folha ou galho. A pupa tem formato e coloração distintos, muitas vezes lembrando uma folha ou galho.

As lagartas-barão são conhecidas por exibir uma forma única de comportamento social. Frequentemente, eles se agregam em grupos, que podem consistir em vários indivíduos alimentando-se juntos da mesma planta hospedeira.

Por causa desta agregação elas podem ser consideradas uma praga quando causam o caos e arrasam plantações inteiras de maracujazeiros.