O garanhão do Paraguai

Já não podemos usar a gíria "cavalo paraguaio" sem incorrer em erro etmológico. Fernando "garanhão" Lugo, o presidente do Paraguai, ex bispo da ICAR, somou ontem sua terceira denúncia de paternidade, em um novo capítulo do escândalo que sacode o país e que tem minado a credibilidade do mandatário.

Após reconhecer a paternidade de um menino de dois anos no último dia 13, uma professora de 39 anos disse na terça feira que Lugo era o pai de seu filho de pouco mais de um ano, mas assegurou que estaria fazendo acordo com o advogado do presidente e não apresentará nenhuma demanda.

Ontem foi a vez da apresentação de uma ação judicial por parte de uma humilde vendedora de detergentes de 27 anos, Damiana Morán, que assegurou ter tido uma relação com Lugo quando era bispo, tendo como fruto, há seis anos, um menino que tem o mesmo nome do governante.

No final do 2006 Lugo pediu uma permissão ao Vaticano para ser candidato presidencial, mas o Papa negou e suspendeu-o de suas funções. Depois de ser eleito, obteve uma inédita dispensa da ICAR para exercer a presidência.

Diante dos fatos, os rumores de paternidade pipocam pelo país e já contam pelo menos 17 novas histórias de possíveis filhos do ex bispo que poderia ter evitado todos os escândalos se tivesse adotado uma medida muito simples: usar camisinha.