Do gótico ao glamoroso: o ciclo de vida de uma joaninha de perto

As joaninhas podem ser os insetos mais fofos que existem, mas não começam assim. Elas saem de seus ovos como minimonstros espinhosos com uma fome insaciável por pulgões. Depois de crescerem, elas se transformam, trocando sua aparência assustadora, mas mantendo suas vibrações assassinas. Como os cocinelídeos passam de minúsculos ovos dourados a "minijacarés" vermelhos e pretos, a invólucros de pupa laranja e, finalmente, emergindo como os familiares besouros vermelhos, pretos e brancos que conhecemos? E por que esses pulgões não fogem do perigo?

Às vezes, a larva da joaninha começa em uma das pontas do pulgão e o come vivo. Outras vezes, tratará o pulgão como uma caixa de suco, livra-se do que sobrou e vai embora. Nas cerca de três semanas que a larva leva para crescer, ela comerá centenas dessas delícias. Ela precisa se fortalecer para o que vem a seguir.

A larva encontra um local aconchegante próximo aos seus petiscos preferidos. Exala um líquido pegajoso pela parte traseira e se fixa no lugar. Então, ela se curva e se contorce em convulsões rítmicas. A larva está prestes a dizer adeus ao seu antigo visual gótico e se reinventar.

Durante a vida de uma joaninha, em todas as formas, ela come cerca de 5.000 pulgões, um benefício para as plantas que muitas vezes ficam sobrecarregadas desses insetos sugadores de seiva famintos. E cerca de 6.000 espécies de cocinídeos fazem isso em todo o mundo, com cerca de 110 espécies no Brasil.

O vídeo anterior é mais científico explicando as várias fases deste coleóptero comilão que se alimenta de afídios, moscas-da-fruta, cochonilhas, ácaros e outros tipos de invertebrados, a maior parte dos quais é nociva para as plantas. No entanto, o vídeo abaixo poderia ser caracterizado na categoria de arte ao mostrar um time-lapse em macro desde a concepção até a eclosão da larva.

Por isso as joaninhas assumem particular relevo na agricultura biológica, como predadoras de pragas agrícolas, porquanto desempenham funções de controle biológico. Há muitas espécies desta família que podem ser confundidas com as de outro grupo de besouros pequenos e coloridos, a família dos crisomelídeos.