Barreiras de concreto e conchas mitigam a erosão com novos habitats atraentes na costa da Austrália

Estendendo-se por mais de 260 quilômetros da costa central de Victoria, Port Phillip abriga um ecossistema marinho diversificado. Nos últimos anos, porém, a baía australiana sofreu um desenvolvimento generalizado que danificou a vegetação que protege a terra, levando à erosão em massa e à destruição do habitat. Nesse ritmo, prevê-se que parte da costa atual esteja totalmente submersa até 2100. Como solução, o designer Alex Goad e a equipe do Reef Design Lab, de Melbourne, criaram o que foi intitulado de Unidades de Mitigação de Erosão.

A série de módulos cônicos serve para quebrar as ondas e restabelece ecossistemas saudáveis para a vida aquática. As estruturas de dois metros de largura são feitas de concreto e conchas de ostras recicladas colocadas em moldes e foram instaladas perto da cidade de Greater Geelong.

Uma vez removidas e submersas na água, as formas onduladas e orgânicas oferecem pequenas cavernas, túneis e esconderijos para mariscos, polvos, esponjas, corais e outras criaturas.

As saliências fornecem locais de descanso para arraias e peixes-balão, e cristas de um centímetro de largura na superfície são projetadas para atrair vermes tubulares, mexilhões e ostras.

- "Depois de seis meses submersos, os módulos já foram colonizados por diversas espécies de moluscos, esponjas e corais de águas frias e são visitados por arraias e mergulhadores locais", contou Alex.

Ao mesmo tempo uma bóia para os esforços de conservação e uma adição atraente às águas, as unidades servem vários propósitos.

A criação de uma geometria mais complexa não só leva a uma melhor atenuação das ondas e a um habitat para a vida marinha, mas também a criação de uma estética escultural mais suave para estes tipos de estruturas é essencialmente como uma jardinagem subaquática", explicou Alex. - "Tal como concebemos as nossas paisagens e parques públicos, penso que o mesmo tipo de esforço e respeito deve ser prestado ao construir no ambiente marinho."

O designer quer que a instalação seja apreciada de forma semelhante a um parque público, mas que em vez de caminhar, permite nadar pelas formas onduladas, cada uma com o seu próprio ecossistema em desenvolvimento. Com o tempo, a instalação ficará completamente coberta e as formas escultóricas não serão perceptíveis, mas isso parece fazer parte da magia do projeto.