Paradoxalmente, o avanço tecnológico levou a humanidade a criar sistemas defensivos que, há algumas décadas, pareciam saídos de um filme de ficção científica. Um desses sistemas é a Cúpula de Ferro de Israel, um desenvolvimento tecnológico concebido para proteger a nação de ameaças aéreas. Mas como funciona esse sistema e o que o torna tão especial? O Iron Dome, ou Kippat Barzel em hebraico, é mais do que apenas um sistema de defesa. É uma demonstração da engenhosidade humana em tempos de conflito. Desde a sua implementação, se tornou a barreira entre os foguetes que chegam e a população israelense. |
Segundo as autoridades israelenses, este sistema é 90% eficaz, o que significa que 9 em cada 10 foguetes lançados contra Israel são interceptados e neutralizados. O sistema foi projetado para interceptar e destruir mísseis de curto alcance e bombas de artilharia disparadas de distâncias de 4 a 70 quilômetros e cuja trajetória seja áreas povoadas. A Cúpula também é eficaz contra aeronaves até uma altitude de 10 mil metros.
Israel espera aumentar a eficácia de interceptações da Cúpula de Ferro aumentando o alcance máximo do sistema para alvos entre 70 e 250 quilômetros de distância para tornar possível que o sistema possa interceptar mísseis provenientes de duas direções simultaneamente.
O coração da Cúpula de Ferro é o seu radar avançado, referido como EL/M-2084, capaz de detectar foguetes que se aproximam, calcular a sua trajetória e determinar se representam uma ameaça. Se um foguete se dirige para uma área povoada ou local de importância estratégica, o sistema lança um míssil Tamir para interceptá-lo em pleno vôo. Esta precisão milimétrica é o resultado de anos de pesquisa e desenvolvimento da Sistema Avançado de Defesa Rafael, empresa por trás desta tecnologia.
Embora o Iron Dome seja um produto israelense, não teria sido possível sem o apoio financeiro e tecnológico dos Estados Unidos. Desde as suas fases iniciais de desenvolvimento, os EUA forneceram financiamento e apoio técnico, reconhecendo a importância estratégica deste sistema defensivo. Até à data, estima-se que os EUA tenham investido quase 3 bilhões de dólares no sistema defensivo, um investimento que reflete a profunda aliança entre ambas as nações.
Para além da tecnologia e da política, a Cúpula de Ferro é um lembrete da fragilidade da paz no Oriente Médio. Embora este sistema proteja os israelenses de ameaças externas, também levanta questões sobre a sustentabilidade de uma solução militar para um conflito que tem profundas raízes históricas e culturais. Em um mundo ideal, sistemas como o Iron Dome não seriam necessários. Contudo, na realidade de hoje, serve como um escudo vital contra as ameaças que Israel enfrenta.
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