Esta é a primeira era da história da humanidade em que mais de nós vivemos em cidades. Pelo menos é isso que nos dizem frequentemente nos últimos anos, embora as especificidades dependam dos tipos de áreas urbanizadas que consideramos como cidades propriamente ditas. Ainda assim, isto parece marcar um importante ponto de inflexão na história humana, cujos últimos cinco milênios também foram a história da ascensão e queda de grandes cidades, em termos absolutos, mas também relativamente umas às outras em tamanho, poder e influência. Você pode ver isso no mapa animado no vídeo que ilustra este artigo. |
A animação, que foi feita pelo youtuber cartográfico-histórico Ollie Bye, mapeia as maiores cidades do mundo entre o ano 3.000 a.C. e hoje, indicando seu tamanho no mapa e, ao mesmo tempo, classificando-as em uma tabela em constante mudança abaixo. Bem na frente, no início, estava Uruk, capital do berço da civilização mesopotâmica, e um local de destaque na Epopéia de Gilgamesh.
Mil anos depois, era a capital egípcia de Tebas; mil anos depois, foi a posterior capital egípcia de Alexandria. A partir daí, a confusão na parte inferior da tela fica cada vez mais rápida: o título de maior cidade do mundo é perdido por Constantinopla para Ctesifonte; por Lin'an, brevemente, para o Cairo e depois para Hangzhou; de Londres para Nova York.
A primeira cidade a atingir a marca simbólica de 1 milhão de habitantes foi Pequim, em 1775, mas isso é controverso, já que alguns especialistas dizem que foi Roma, que alcançou a marca de 1 milhão de moradores durante o Império. Há quem credite também a façanha a Alexandria, no Egito, ou ainda a Bagdá, no Iraque.
Foi na década de 1950 que Tóquio, uma cidade deixada em ruínas pela Segunda Guerra Mundial uma década antes, ultrapassou Nova Iorque no primeiro lugar. Lá permaneceu desde então, eliminando adversários tão diferentes em épocas diferentes como Osaka, São Paulo, Cidade do México e Nova Delhi.
Quando a animação termina, em 2021, esta última tem uma população de 31,1 milhões contra os 37,3 milhões de Tóquio. Se a capital japonesa tem hoje proporcionalmente mais poder ou influência no mundo do que Pequim, São Paulo ou Los Angeles é, obviamente, uma questão separada e menos objetiva. Mas nenhum visitante de Tóquio pode negar que o país deve ter alcançado algo como o auge da civilização urbana em si, e de alguma forma manteve os aluguéis razoáveis.
De acordo com um levantamento da Organização das Nações Unidas, em 1950, havia apenas cem cidades com mais de 1 milhão de habitantes. Hoje, já são cerca de 300 e, de acordo com uma projeção do órgão, em 2025 existirão no planeta 527 cidades acima dessa marca milionária!
Segundo dados do Censo de 2022, divulgados pelo IBGE em agosto passado, os brasileiros já são 203 milhões, um quinto deles vivendo em cidades com mais de 1 milhão de habitantes. A maior cidade do país, São Paulo, comporta hoje 11,5 milhões de moradores, seguida pelo Rio de Janeiro, com 6,2 milhões e Brasília, com 2,8 milhões.
A concentração populacional nas grandes urbes é uma tendência marcante. No censo de 2010, apenas havia apenas 15 cidades com mais de 1 milhão de habitantes e 38 com mais de 500 mil. Hoje são 17 as cidades com mais de 1 milhão e as com mais de 500 mil chegaram a 49. No outro extremo das estatísticas, há 30 cidades brasileiras com menos de 1500 moradores.
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