Como era o Fórum Romano em 410, logo após o saque dos Visigodos?

Em 24 de agosto de 410 d.C., os visigodos, liderados pelo seu rei, Alarico, entraram na cidade de Roma pela Porta Salaria, segundo alguns por traição e segundo outros por falta de alimentos. Nessa altura, Roma já não era a capital do Império Romano do Ocidente, tendo sido substituída nessa posição primeiro por Mediolanum (atual Milão) em 286 e depois por Ravenna em 402. No entanto, a cidade de Roma manteve uma posição primordial como "a cidade eterna" e um centro espiritual do Império. Esta foi a primeira vez em quase 800 anos que Roma caiu nas mãos de um inimigo estrangeiro, durante três dias saquearam a cidade sem piedade.

Muitos dos grandes edifícios de Roma foram demolidos, incluindo os mausoléus dos imperadores César Augusto e Adriano, onde muitos imperadores foram enterrados. As cinzas das urnas de ambas as sepulturas foram espalhadas.

Objetos de valor foram roubados por toda a cidade, incluindo a maioria das estátuas de bronze. Alguns dos poucos lugares que os godos pouparam foram as duas grandes basílicas ligadas a São Pedro e São Paulo, embora do Palácio de Latrão tenham roubado um cibório de prata de 2 kg que havia sido um presente de Constantino.

Os danos estruturais aos edifícios limitaram-se principalmente às áreas próximas do antigo Senado e da Porta Salaria, onde os Jardins Salústios foram queimados e nunca reconstruídos. As Basílicas Emília e Júlia também foram queimadas.

Após três dias de saque, Alarico abandonou rapidamente a cidade de Roma e rumou para o sul da Itália. Ele tomou a riqueza da cidade e levou com ele uma valiosa refém, Galla Placídia, irmã do imperador Honório.

Os visigodos devastaram as regiões da Campânia, Lucânia e Calábria. Saquearam as cidades de Nola e possivelmente Cápua, e ameaçaram invadir a Sicília e a África. No entanto, eles não conseguiram cruzar o Estreito de Messina porque os navios que reuniram foram destruídos por uma tempestade. Alarico morreu provavelmente de Malária em Consentia no final de 410, poucos meses após o saque. Segundo a lenda, ele foi enterrado com seu tesouro por escravos no leito do rio Busento. Os escravos foram então mortos para esconder sua localização.