Os animais mais estranhos do mundo: conheça o porco-vermelho-do-rio, o mais elegante da natureza

Os porcos são animais carismáticos e inteligentes, mas este porquinho leva a cereja do bolo. O porco-vermelho-do-rio (Potamochoerus porcus), também conhecido como porco-bravo ou vermelho-africano ou simplesmente potomochero, é um membro selvagem da família dos porcos, encontrado na África Ocidental e Central. Com sua impressionante pelagem vermelha, é o membro mais colorido da família dos porcos. Sua pelagem vibrante é coroada por uma crina fina e branca que percorre toda a extensão de suas costas, além de pernas pretas e atarracadas e pés robustos.

Seu rosto é parte ALF, o ET, parte Dobby, o elfo doméstico das histórias de Harry Potter. Bigodes se projetam da base de um focinho longo e preto, enquanto seus olhos negros são emoldurados por fortes manchas brancas. As marcas contrastantes são uma forma de camuflagem, chamada coloração disruptiva, que rompe o contorno do animal para que ele se misture ao fundo.

Suas orelhas, porém, são o acontecimento principal. Triângulos cônicos dão lugar a tufos de pelos espetacularmente longos, que emolduram o rosto e adicionam um toque de elegância mágica à beleza não convencional do animal.

Os porcos-vermelhos-do-rio vivem em pequenos grupos de cerca de 4 a 20 animais, que podem ser encontrados em florestas tropicais e na savana adjacente, e muitas vezes ficam perto de rios e pântanos. Cada vara é liderada por um único javali, que cuida de um harém de fêmeas e seus filhotes./p>

Pesando entre 50 e 100 kg, eles podem ser uma das menores espécies de porcos, mas são agressivos, daí a serem chamados de porcos-bravos-africanos. Os machos lutam contra os rivais dando cabeçadas, cutucando o focinho e chicoteando uns aos outros com as caudas, e defendem prontamente sua família de leopardos, hienas pintadas e pítons.

Dentro do grupo, os indivíduos comunicam-se continuamente com um repertório inventivo de grunhidos e guinchos que pode sinalizar alarme, angústia ou contato passivo. Eles cochilam o dia todo e depois se alimentam à noite. Como todos os porcos, os potomocheros são onívoros, devorando tudo o que encontram. Frutas, sementes, nozes, ovos, caracóis e carniça. São animais selvagens, mas se adaptam bem ao trato doméstico, como cabras.

Eles usam os dentes para cavar raízes, bulbos e insetos, e podem nadar e procurar plantas aquáticas. Por usar seu focinho grande para fuçar o solo em busca de alimento, podem causar danos às culturas agrícolas, como a mandioca e o inhame. Eles também têm uma queda pelas sementes da árvore boko (Balanites wilsoniana), que encontram, não digeridas, nas fezes de elefantes e seguindo chimpanzés na esperança de encontrar frutos caídos.

As fêmeas dão à luz até seis leitões entre o final da estação seca, em fevereiro, e o meio da estação chuvosa, em julho. As mães constroem um ninho improvisado com folhas mortas e grama seca e cuidam dos filhotes com a proteção do macho.

Os leitões, que inicialmente apresentam pêlo marrom-escuro com listras e manchas amarelas, são desmamados aos quatro meses e desenvolvem a pelagem ruiva dois meses depois. As marcas faciais escuras surgem com maturidade total, cerca de dois anos depois. Eles provavelmente vivem cerca de quinze anos na natureza.

Apesar de ser uma visão rara, a espécie não está atualmente ameaçada, mas à medida que os porcos continuam a invadir e fuçar terras agrícolas e o comércio de carne de animais selvagens se intensifica, há preocupações de que as populações locais possam diminuir. É hora então das pessoas colaborarem para ajudar a salvar o bacon desse porquinho, antes que as coisas piorem.