É bem verdade que muitos motoristas não aliviam na hora de pisar no acelerador em áreas públicas e rodovias acima do limite de velocidade, mas parece que passou da hora de promover uma alteração na legislação atual para a escolha de um critério que não leve o infrator à total insolvência com a quantidade de multas exacerbadas em vigor. De fato, a fiscalização deveria, em tese, estar sempre voltada para o interesse relativo à segurança do tráfego e nunca para uma maior receita pública, mas, ao que parece, não é bem isso o que acontece. |
A cidade em que moro tem radares eletrônicos, geralmente em ladeiras, onde é necessário frear o carro em movimento de inércia, para não ser multado. Também não é incomum encontrar uma placa de 40 por hora enfiada em uma distância de 20 metros entre duas de 60.
A expressão "indústria da multa" só existe no Brasil e caracteriza muito bem o grande número enorme de multas que são aplicadas diariamente e quantidade de dinheiro que é arrecadado. O pior é que a finalidade dessas multas não é a de reeducar o condutor, nem a de melhorar o fluxo do trânsito sempre engarrafado por ausência de um planejamento racional de tráfego e do péssimo funcionamento dos semáforos.
A verdade é que muitas vezes dá vontade de descer do carro e picar o radar no martelo e isso não parece ser um problema brasileiro, pois a polícia italiana está redobrando seus esforços para caçar um prolífico vândalo em radares de velocidade depois que o número de câmeras visadas aumentou para 14 no último fim de semana.
A caça ao vigilante de radares anti-velocidade "Fleximan" continuou na segunda-feira no norte da Itália, depois que ele atacou novamente no fim de semana, desta vez desmantelando uma câmera ao longo de uma rodovia regional na cidade de Carceri, perto de Pádua, nas primeiras horas da manhã de sábado.
O homem não identificado vem ganhando cada vez mais manchetes nas últimas semanas, depois que começou a desmantelar radares de velocidade na região de Veneto, no norte da Itália. Chamado assim pelos usuários das redes sociais pelo uso de sua marca registrada, a rebarbadora, ou serra circular, popularmente conhecida como "flex", ele também teria vandalizado radares de velocidade nas proximidades da Lombardia, Piemonte e Emilia Romagna, cortando os postes de metal usados para sustentá-los.
No entanto, algumas das 14 câmeras que ele alvejou até agora foram destruídas com explosivos, uma com uma espingarda de chumbo e outra com um "veículo agrícola". As forças policiais da região estavam vasculhando imagens de câmeras de segurança para identificar o homem.
Enquanto isso, o vândalo anônimo se tornou uma espécie de herói nas redes sociais, onde os usuários o aclamaram como um "herói" e "Robin Hood do Trânsito".
- "Nem todo herói usa capa", foi o veredicto de um usuário do Facebook, segundo o diário de notícias Corriere della Sera. - "Devíamos fazer uma vaquinha para pelo menos pagar pelo combustível de suas viagens, já que presta um serviço de utilidade a todos", escreveu outro.
Até mesmo o eurodeputado de Bolzano, Matteo Gazzini, teria elogiado os atos como "uma bela história de resistência a um imposto oculto". Seja como for, o promotor de Treviso, Marco Martani, alertou no fim de semana que expressar aprovação ou elogio aos atos do suspeito poderia equivaler a apologia por um crime.
Outro radar de velocidade na Estadual 42, nos arredores de Bergamo, foi encontrado destruído na manhã de domingo, embora não esteja claro se o ato foi cometido por Fleximan ou se a notoriedade do vândalo gerou um imitador.
No final de 2023, os moradores "espantados" de Malanda, uma pequena cidade rural na região de Tablelands, Queensland, na Austrália, decidiram entrar com uma ação coletiva contra o estado depois que a cidade com 811 famílias e menos de 2000 habitantes recebeu US$ 282.000 em multas por um único radar móvel instalado temporariamente em uma estrada rural que emitiu pelo menos 589 multas.
A câmera foi instalada em uma zona de 60 km/h, a cerca de 350 metros de uma mudança de velocidade para 80, um pouco acima do limite de 300 metros estabelecido no manual do serviço policial de Queensland para detecção de velocidade. A câmera também estava no declive de uma colina bem em uma curva da estrada, o que também irritou os moradores locais.
O MDig precisa de sua ajuda.
Por favor, apóie o MDig com o valor que você puder e isso leva apenas um minuto. Obrigado!
Meios de fazer a sua contribuição:
- Faça um doação pelo Paypal clicando no seguinte link: Apoiar o MDig.
- Seja nosso patrão no Patreon clicando no seguinte link: Patreon do MDig.
- Pix MDig ID: c048e5ac-0172-45ed-b26a-910f9f4b1d0a
- Depósito direto em conta corrente do Banco do Brasil: Agência: 3543-2 / Conta corrente: 17364-9
- Depósito direto em conta corrente da Caixa Econômica: Agência: 1637 / Conta corrente: 000835148057-4 / Operação: 1288
Faça o seu comentário
Comentários
Rapaz, se essa moda pega por aqui no nosso HueBr...quem nunca sonhou em ser um sniper só pra sair desabilitando radares instalados de forma abusiva e sem necessidade em cartas vias?