Empresa cria mão protética robótica intuitiva alimentada por IA

A Esper Bionics criou a Esper Hand, uma mão robótica incrivelmente intuitiva que possui 24 sensores estrategicamente posicionados que funcionam com os músculos existentes do braço por meio de eletromiografia não invasiva para movimentos naturais durante a execução de tarefas. A eletromiografia é uma técnica de avaliação e registro da atividade elétrica produzida pelos músculos esqueléticos, que permite detectar o potencial elétrico gerado pelas células musculares quando essas células são ativadas eletricamente ou neurologicamente.

Ainda que uma pessoas tenha perdido a mão ou tenha nascido sem ela, as células musculares responsáveis pelo movimento dos dedos e das mãos podem ser detectadas em deferentes partes do braço, inclusive no "cotoco". Estes sinais podem ser analisados para detectar anormalidades, nível de ativação ou ordem de recrutamento, ou para analisar a biomecânica do movimento humano.

O sistema da Esper Hand é projetado para traduzir intuitiva e perfeitamente esses movimentos musculares naturais em movimentos precisos das mãos. A mão também possui algoritmos de IA integrados que aprendem as necessidades de um indivíduo por meio da repetição.

Infelizmente algumas pessoas ainda não entenderam o alcance da Inteligência Artificial, uma tecnologia que permite que máquinas e aplicações informáticas imitem a inteligência humana, aprendendo com a experiência através de processamento iterativo e treino algorítmico. Dias desses vi o Emílio Surita com ar professoral desmerecendo as possíveis aplicações da IA.

Para ele, um sistema desenvolvido pelo ser humano, está limitado ao conhecimento humano porque foi criado por humanos. Isso parece fazer sentido quando o "pensador" tem limitações cognitivas relacionadas com o assunto. A IA é uma forma de inteligência usada para resolver problemas, encontrar soluções, responder perguntas, fazer previsões ou oferecer sugestões estratégicas, com base no conhecimento humano, o que é muito diferente.

Os sistemas de IA funcionam combinando grandes conjuntos de dados com algoritmos de processamento inteligentes e iterativos para aprender com padrões e recursos dos dados que analisam. Cada vez que um sistema de IA executa uma ronda de processamento de dados, testa e mede o seu próprio desempenho e desenvolve conhecimentos adicionais.

Como a IA nunca precisa de uma pausa, ela pode executar centenas, milhares ou até milhões de tarefas com extrema rapidez, aprendendo muito em muito pouco tempo e tornando-se extremamente capaz em tudo o que está sendo treinado para realizar. Mas o truque para compreender como a IA realmente funciona é compreender a ideia de que a IA não é apenas um único programa ou aplicação de computador, mas uma disciplina inteira, ou uma ciência.

Assim, a Plataforma Esper é uma solução baseada em nuvem que coleta constantemente dados de todos os sensores para analisar a maneira específica como cada usuário usa a mão. A plataforma é essencial para tornar a mão o mais adaptada possível às necessidades de cada usuário graças ao uso de algoritmos de aprendizado profundo, ou , o que é o mesmo, quanto mais usada e testada, melhor o sistema se apresentará.

A estudante ucraniana Nika Achorna demonstrou como funciona a mão, quando foi apresentada à Esper Hand vários meses atrás e fico encantadas com as novas possibilidade que se abriram à sua frente.

- "Ao contrário da minha prótese anterior, a Esper é totalmente funcional", disse Nika. - "Ela faz sentir independente e confiante. Com ela, posso fazer o que quiser sem nenhuma ajuda."

Durante muitos anos, as próteses foram objetos primitivos e estáticos, muitas vezes sem nenhuma funcionalidade. Graças à biotecnologia moderna, hoje as pessoas que enfrentam a perda de membros podem contar com dispositivos como este braço robótico controlado pelo cérebro, com dedos que se movem de forma independente, um pulso giratório e a capacidade de realizar ações refinadas. Estamos apenas na porta de abertura da IA. Se ela for usada para o bem da humanidade teremos muito ao que agradecer em poucos anos.