Pesquisa descobre (de novo) que tocar um instrumento ou cantar ajuda a manter seu cérebro saudável

A música é um remédio poderoso para a alma e, como sugerem pesquisas recentes e antigas, para o cérebro. Especialmente à medida que envelhecemos, manter vivo um mundo mental ativo e variado é fundamental para preservar as capacidades cognitivas e pode ajudar a evitar o declínio que chega com a idade. Um estudo realizado no Reino Unido, publicado recentemente no International Journal of Geriatric Psychiatry, concluiu mais uma vez o que outros estudos já indicaram.

Tocar um instrumento, em vez de apenas ouvi-la, ajudou adultos mais velhos sem diagnóstico de demência a permanecerem aguçados em uma variedade de habilidades mentais. A pesquisa é um novo argumento para encorajar programas musicais amplos e acessíveis como uma iniciativa de saúde pública.

O estudo foi focado em voluntários adultos e idosos. Os pesquisadores coletaram dados de milhares de pessoas com 40 anos ou mais, com média de 68 anos.

- ""Como temos testes cerebrais tão sensíveis para este estudo, somos capazes de observar aspectos individuais da função cerebral, como memória de curto e longo prazo, resolução de problemas e quão envolvente a música afeta isso", disse a autora principal Anne Corbett.

Foram estudados os efeitos de tocar um instrumento, cantar, ler partituras e ouvir música tocada por outras pessoas. Aqueles que tocavam instrumentos apresentaram os maiores ganhos com a atividade, principalmente para piano e para aqueles que tocavam na velhice.

Isso pode ser devido às múltiplas demandas cognitivas necessárias para coordenar mãos, boca, olhos e cérebro durante a prática. Cantar também foi benéfico, talvez devido à sua natureza social, que é em si protetora.

- "Nosso cérebro é um músculo como qualquer outra coisa e precisa ser exercitado, e aprender a ler música é um pouco como aprender um novo idioma, é um desafio", explicou Anne sobre como a leitura da música afeta o cérebro.

Ela opinou sobre o valor da educação musical, que provavelmente valerá a pena aprender ainda mais tarde na vida, apesar do fato da música por si só não poder evitar a demência.

- "A mensagem gira em torno de como as pessoas podem reduzir proativamente o risco de declínio cognitivo ou demência e realmente pensar em se envolver com a música como forma de fazer isso", disse ela. - "Este estudo sugere que poderia fazer parte de uma abordagem de estilo de vida muito mais ampla para melhorar a saúde do cérebro à medida que envelhecemos."

Esta ideia de reserva cognitiva é exatamente o que parece: um amortecedor contra os efeitos do envelhecimento. A ideia é que as pessoas com uma reserva cognitiva maior, em parte construída através de escolhas e atividades de estilo de vida, são menos suscetíveis a doenças como o Alzheimer.

Apesar das fortes ligações mostradas aqui, elas não provam causa e efeito; outros fatores também podem estar em jogo. Aqueles com rendimentos mais elevados poderão ter condições para pagar aulas de música e uma dieta de melhor qualidade , por exemplo, e pode ser a dieta que impulsiona a melhoria do desempenho cerebral.

Da mesma forma A música tem o poder de moldar o cérebro em desenvolvimento, melhorando habilidades cognitivas que vão além do domínio da música em si. Ao compreender os mecanismos através dos quais a música facilita o desenvolvimento cognitivo, os pais e educadores podem aproveitar este conhecimento para apoiar o crescimento e a aprendizagem das crianças.

Da mesma forma, a influência da música no desenvolvimento cognitivo das crianças é inegável. Ao fornecer exposição precoce à música, pais e educadores podem desbloquear o potencial para melhorar a cognição, o desenvolvimento da linguagem, o bem-estar emocional e a inteligência geral. A música facilita a conectividade cerebral, fortalece as vias neurais e promove mudanças estruturais que otimizam as funções cognitivas.

Para maximizar os benefícios da música, os pais e educadores devem incorporar a música na vida diária da criança, incentivando o envolvimento ativo e proporcionando oportunidades de aprendizagem e exploração. Seja cantando, tocando instrumentos ou simplesmente ouvindo uma variedade de músicas, as crianças podem colher os frutos dos efeitos transformadores da música no desenvolvimento cognitivo.

Portanto, deixar o poder da música guiar o caminho para o crescimento cognitivo das crianças ou a manutenção mental dos idosos permite desbloquear todo o potencial da nossa mente seja em que idade for. Sem música a vida seria um erro.