Menos conhecido que o sal-rosa do Himalaia, que na verdade não é coletado no Himalaia, o sal-preto do Himalaia, também conhecido como kala namak, é um tipo de sal-gema vulcânico proveniente de áreas ao redor da Ásia e do Himalaia. É um ingrediente popular no Paquistão, na Índia e em outros países asiáticos. Acredita-se que o sal-preto tem propriedades terapêuticas, mas como sempre acontece nesses caso, não há nenhuma evidência científica que apóie isso. |
Curiosamente, o sal preto não é nada preto. Geralmente é de cor... rosa. O sal preto geralmente vem do mesmo local que vem o sal-rosa e depois é aquecido a alta temperatura. O sal-preto é feito sinteticamente a partir de uma combinação de cloreto de sódio, sulfato de sódio, bissulfato de sódio e sulfato férrico e carvão vegetal. Isto é então combinado com carvão e aquecido.
No entanto é preciso um dia inteiro trabalhando em temperaturas de até 1.000 graus Celsius para fazer um lote de sal-negro. Devido ao longo e perigoso processo de fabricação cada vez são menos pessoas que se dedicam a extraí-lo.
Mas hoje em dia é mais comum simplesmente adicionar o necessário produtos químicos em sal puro antes de aquecer. Alegadamente, também é possível criar produtos semelhantes através do tratamento térmico redutor de sal, 5–10% de carbonato de sódio, sulfato de sódio e algum açúcar.
Devido ao teor de enxofre, o sal-preto tem odor e sabor de ovo. Isso o torna um ingrediente fantástico para veganos e aqueles que seguem dietas vegetais que buscam replicar pratos com um sabor distinto de ovo, como ovos mexidos, mas em alta concentração o odor é de ovo podre
Tradicionalmente, o sal-preto tem menor teor de sódio em comparação com o sal-branco. É, portanto, um ótimo ingrediente para quem busca diminuir a ingestão de sódio. Além disso, como o sal passa por um processamento mínimo, geralmente contém menos aditivos que o sal branco.
Alguns afirmam que o sal-negro tem mais minerais do que os seus homólogos, mas há pesquisas limitadas para confirmar tal afirmação. Para os moradores da região, o sal-preto é uma verdadeira panaceia, que ajuda na digestão e melhora a saúde da pele e das unhas. Como as evidências científicas que apóiam estas alegações são muito limitadas.
O kala namak é amplamente utilizado na culinária do sul da Ásia da Índia, Paquistão, Bangladesh e Nepal como condimento ou adicionado a chaats, chutneys, saladas, raitas e muitos outros petiscos saborosos. O chaat masala, por exemplo, uma mistura de especiarias do sul da Ásia, depende do sal-preto por seu característico aroma sulfuroso de ovo.
Aqueles que não estão acostumados com o sal-preto costumam descrever o cheiro como semelhante à infestação de peidos. O sal-preto às vezes também é usado com moderação como cobertura para frutas ou lanches no norte da Índia e no Paquistão.
O Ayurveda, o sistema de medicina alternativa com raízes históricas do subcontinente indiano, cita muitas propriedades curativas do kala namak: laxante e auxiliar digestivo, alívio de flatulência e azia, cura do bócio, histeria e pastas de dente.
Nada disso é comprovado, mas o uso para o bócio e a histeria é verdadeira duvidoso. O bócio, devido à deficiência de iodo na dieta, não seria remediado a menos que o iodeto estivesse presente no sal natural. O melhor mesmo é usar o sal-preto como intensificador de sabor nos alimentos e com moderação.
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Comentários
Enquanto isso, o sal rosa do Himalaia aqui no Brasil é largamente falsificado. Sal com terra vermelha do interior. Faça o teste, coloque uma colherinha num copo dágua, se ficar algo vermelho no fundo, é terra "pé vermêio" que foi misturada. Safados...e cobram 3x mais caro que o sal comum. Me lembra o caso de outra safadeza, o tal do Azeite "Valle Viejo"...esse até proibido pela Anvisa.